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Cinema lotado para conferir o Despertar da Força

Na tela preta surge o logo da LucasFilm. Sentados em suas poltronas, mais de uma centena de fãs vibram e batem palmas radiantes. A longa espera terminou e, após dez anos, um novo episódio de Star Wars estreia nos cinemas. Na sala lotada, as emoções dos fãs são compartilhadas com aqueles que também amam o mundo mágico criado por George Lucas e a cada nova aparição na tela as reações são variadas: gritos, risos e lágrimas. Mas, sobretudo, alegria.

Algumas horas antes, os mais ansiosos já se reuniam na entrada do cinema. Na fila, uma variedade de homenagens em forma de camisetas, fantasias e sabres de luz. O público de todas as idades aguardava o momento de rever Leia, Han e Chewie, e de conhecer Rey, Finn e Poe.

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“Houve um despertar. Você sentiu?”

Episódio VII de Star Wars, O Despertar da Força foi dirigido por J.J. Abrams e o filme inegavelmente leva a sua assinatura. Longe do uso irrestrito de efeitos usado na trilogia nova, o filme usa muitas locações reais e isso faz toda a diferença. Visualmente, o longa lembra muito mais a trilogia clássica, sem deixar de lado a ação, os caças e naves espetaculares. A trilha sonora de John Williams resgata todo o sentimento que permeia o universo.

Os personagens antigos reaparecem para o deleite; a volta de Carrie Fisher como Leia, agora General Organa ,é ótima, mas é superada por um Harrison Ford que aparece em grande parte do filme, sempre acompanhado de Chewbacca.  É como se os anos nem tivessem passado, já que Han Solo ainda é o mesmo que sempre amamos. São muitos personagens e ícones para celebrar, como a Millenium Falcon, C3PO e R2D2. Para quem achava que o grupo da trilogia original perderia o brilho, se enganou redondamente, O Despertar não seria o mesmo sem eles.

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Na esteira das mudanças, o trio principal de nova trilogia celebra a diversidade. Encabeçado por Rey, catadora de sucata forte, independente e empoderada; é também composto por Finn, um desertor da Primeira Ordem dividido por sua lealdade e sua personalidade bondosa; e completado por Poe Dameron, piloto de caça charmoso e irreverente. Junta-se a eles o novo dróide BB-8, que lembra muito Wall-E e é encantadoramente gracioso. É louvável a escolha de um elenco principal formado por uma mulher, um negro e um latino, principalmente em tempos de debate sobre a representatividade das minorias. Esses personagens devem vir a ser muito amados nos próximos anos, e todos eles tem grande potencial para boas histórias.

O vilão Kylo Ren vivido por Adam Driver é talvez diferente do que pensávamos, personagem poderoso, complexo e bem desenvolvido, ele pode vir a se igualar ao ícone Darth Vader. As cenas que mostram o exército da Primeira Ordem lembram as paradas nazistas e chegam a dar arrepios. Downhall Glesson está impressionante como General Hux, mas a Capitã Phasma de Gwendoline Christie, apesar de interessante, ficou apagada.

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Pessoalmente, como fã da saga, posso dizer que apesar das altíssimas expectativas, o novo Star Wars conseguiu me impressionar. São muitas surpresas que esperam o espectador, e o filme une tudo aquilo de melhor das duas trilogias.

Mesmo com mais de duas horas de duração, o tempo é curto. A quantidade de informações adquiridas é imensa e mesmo assim, insatisfatória, pois existe uma sede pelo mundo de Star Wars que nunca é totalmente saciada. O Despertar da Força abre uma nova trilogia, então é normal que ele deixe ganchos para o próximo longa. Muitas dúvidas que apareceram nos trailers e teasers foram esclarecidas, algumas surgiram ao longo da narrativa, e outras ainda permanecem e esperam resposta no próximo episódio em 2017. Que a força esteja com  todos nós até lá.

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