Cultura e Lazer

Cinema: A essência do medo

Em um planeta colonizado por uma empresa de mineração, os habitantes trabalham até morrer. Decidido a não seguir esse destino, um grupo de jovens busca meios a fim de escapar para um sistema solar longe dessa empresa.

Para a fuga dar certo, precisam entrar em uma estação espacial abandonada. A procura por uma válvula de escape, no entanto, é abruptamente interrompida quando se deparam com a forma de vida mais aterradora do universo.

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Essa é a sinopse de Alien: Romulus, em cartaz nos cinemas de Santa Cruz do Sul. Dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez – A Morte do Demônio (2013) e O Homem das Trevas (2016) –, o novo filme retoma a essência da franquia: medo.

Passados 45 anos desde o lançamento do original, de 1979, a saga parecia ter ficado (literalmente) no vácuo. Foi salva graças à nova equipe, que utiliza elementos do primeiro Alien para criar um clima de terror constante.

Sob o olhar de Alvarez, as criaturas – as clássicas e as novas – nunca estiveram tão ameaçadoras. Cada aparição torna-se aterrorizante e angustiante, especialmente nos momentos em que podemos vislumbrar os monstros criados com efeitos práticos.

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A maneira como Alvarez incorpora os cenários na narrativa é outro ponto forte. O destaque é a estação especial, que, apesar da predominância tecnológica, possui um clima fantasmagórico e claustrofóbico. O som do filme também contribui para a imersão na história. Não só pela belíssima e assombrosa trilha sonora, mas também pelo som do ambiente, do monstro e da nave.

Todos esses fatores tornam Alien: Romulus uma experiência marcante. Se no espaço ninguém pode ouvir seus gritos, como consta no pôster, pode-se ter certeza de que no cinema todo mundo vai.

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Vítima do corporativismo

Infelizmente, Alien: Romulus torna-se vítima daquilo que se compromete a criticar, o corporativismo. Durante a exibição, é impossível não imaginar que certas decisões criativas foram tomadas em um escritório repleto de engravatados.

Há frases, personagens e cenas que parecem ter sido imposição dos acionistas ema busca de atrair mais pessoas pela nostalgia. Em especial, uma aparição surpresa feita com efeitos digitais que destoa da produção.

Nada disso, no entanto, atrapalha a experiência de assistir à obra de terror especial no cinema. Aproveite a viagem para se assustar e ficar aliviado: é apenas um filme.

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Serviço

Cine santa cruz – Sala 2
16h30 e 19 horas (dublado) e 21h15 (legendado)
Cine max brasil – Sala 1
16h15 e 18 h45 (dublado) e 21 horas (legendado)

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Julian Kober

É jornalista de geral e atua na profissão há dez anos. Possui bacharel em jornalismo (Unisinos) e trabalhou em grupos de comunicação de diversas cidades do Rio Grande do Sul.

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Julian Kober

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