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Cine Santa Cruz tem sessão de ‘Dois Irmãos, Uma Jornada Fantástica’ nesta quinta

Luiz Carlos Merten
Agência Estado

Tudo começa na festa de 16 anos de Ian. Nada está dando certo na vida do garoto elfo e, para animá-lo, sua mãe lhe dá um presente especial, deixado por seu pai. É um cajado, que logo revela possuir poderes mágicos. Ian e o irmão invocam o poder do cajado para trazer o pai de volta, mas o máximo que conseguem, na recriação da figura paterna, é chegar à cintura. Um par de sapatos, uma calça, um cinto. É tudo. E começa uma corrida para completar o pai. Dois Irmãos, Uma Jornada Fantástica, de Dan Scanlon, segue em cartaz na Sala 1 do Cine Santa Cruz (junto ao shopping do mesmo nome) com sessão nesta quinta-feira, 12, às 19h30.

Em entrevista no recente Festival de Berlim – o filme passou fora de concurso –, Scanlon contou que tinha 1 ano quando seu pai morreu. O irmão tinha 3. Os dois cresceram sonhando como seria esse pai, que conheceram de fotos. Um dia, um tio enviou-lhe uma fita cassete com a voz do pai. Mas ele dizia apenas duas palavras: “alô” e “adeus”, hello and goodbye. Como esses parcos elementos conseguem preencher um vazio imenso, uma vida inteira? Com a ajuda da magia. Scanlon, diretor de Carros e Universidade Monstros, define Dois Irmãos como seu filme mais autoral.

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Agradece à Pixar/Disney por incentivar a sua autoralidade, mesmo à frente de centenas de pessoas na condução do projeto. “O que a Pixar defende”, segundo ele, “são as histórias humanas”. Tom Holland, o Homem-Aranha, e Chris Pratt, da nova série do Parque dos Dinossauros, dublam os irmãos, Ian e Barley.

“Ian é tímido, Barley é confiante. Precisava de atores que me dessem esse balanço de introversão e extroversão.” Embora habitada por elfos e unicórnios, a história passa-se num mundo semelhante ao nosso – real? Para incrementar a ação, há um game. Em dezembro, o painel de Scanlon já havia sido o mais disputado da CCXP, no São Paulo Expo. Em Berlim, havia gente chorando no fim da sessão. A fantasia pode ser, e com Scanlon é, espelho da realidade.

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