Com o crescimento de casos de dengue em Santa Cruz do Sul, é importante entender o que é mito e o que é verdade sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti. A convite da Gazeta do Sul, o supervisor dos agentes de combate a endemias de Santa Cruz do Sul, Luã Furtado de Souza explica situações que ao longo da última semana foram questionadas pela população. As dúvidas dizem respeito ao cuidado com piscinas, ralos, uso de borra de café e até mesmo altura dos prédios nos quais o mosquito pode ser encontrado.
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Piscina sem tratamento é criatório?
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Pode ser, sim. Enquanto o cloro está presente na água, o mosquito não consegue se reproduzir na piscina. Porém, alguns proprietários optam por cessar o tratamento da água depois do verão. Conforme o supervisor, o ideal é que não seja interrompido. O Aedes prefere água limpa para depositar seus ovos, porém, quando não encontra a reserva totalmente limpa, pode usar a água parada da piscina, desde que não haja mais resíduos de cloro ativo. A recomendação é que donos de piscinas mantenham o tratamento de cloro o ano todo, pois, dependendo da quantidade aplicada, varia a duração da ação do produto. Uma alternativa mais barata pode ser o uso de pastilhas de cloro dentro da água.
É preciso colocar água sanitária no ralo?
Depende. Segundo Luã Furtado de Souza, em determinados tipos de ralo há um espaço que pode armazenar água limpa da chuva. Nesse caso, é preciso verificar o ralo. Se houver água parada, o melhor é aplicar cloro ou água sanitária. Água com sal também é nociva para o Aedes e é uma solução mais barata. Não chega a ser uma recomendação da Secretaria Municipal da Saúde, como havia sido veiculado em uma fake news, mas pode ser feito. O ideal é que o morador verifique sempre se há depósitos de água parada no quintal, independentemente de estarem dentro ou fora de ralos.
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Borra de café elimina o mosquito?
Não. O uso com a intenção de matar o Aedes aegypti é um erro. A borra de café pode ser utilizada como a areia nos pratinhos de planta, para evitar a água parada. Algumas pessoas utilizam uma solução com borra de café e água, que é aplicada sobre plantas e superfícies. Essa não é a aplicação correta, uma vez que a borra não funciona como inseticida ou larvicida.
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O Aedes sobe em edifícios mais altos?
Não. A capacidade de voo do mosquito transmissor da dengue é de pouco mais de um metro. Por isso, nos prédios com mais de quatro andares, o protocolo de cuidados com o Aedes dispensa os pavimentos superiores ao quarto andar. Para chegar, inclusive, abaixo dessa altura, o mosquito precisa “pegar carona” com seres humanos ou objetos, pois sozinho ele não alcança.
Bromélias podem ser criadouros?
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Sim. É importante, inclusive, manter a observação constante sobre as bromélias. A recomendação é para aplicação de uma solução de água com cloro, ou de água com sal. Pelo formato, as folhas de bromélias concentram uma grande quantidade de água, por isso, é importante manter a aplicação de sal ou cloro.
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