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Cultura

Cinco livros escritos por mulheres negras para serem lidos em julho

Foto: Nappy.co

Na próxima segunda-feira, 25 de julho, comemora-se o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. A data simboliza a luta e resistência contra o racismo e o sexismo vivido até hoje, por vezes de forma brutal e mortal, por muitas mulheres. O combate se dá, também, no enaltecimento e fortalecimento das vozes destas mulheres, que por tanto tempo foram caladas.

Por isso, em homenagem à data, o doutorando em Literaturas Africanas e coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Estácio-RS, Paulo Sergio Gonçalves, indica cinco livros escritos por mulheres negras para incluir nas leituras do mês – e do ano todo.

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Paulo Sergio Gonçalves é coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas | Foto: Usina de Notícias

A dolorosa raiz do Micondó, de Conceição Lima

Conceição Lima, natural de São Tomé e Príncipe, traz em seu sujeito poético, a voz de convocação e compromisso, talvez por um legado de suas antecessoras no combate contra o colonialismo português em seu país e em Angola, Guiné Bissau, Moçambique e Cabo Verde. “Embora seja o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, porque não indicarmos um livro de poesias de uma mulher negra africana que nos inspira a levantarmos nossas vozes diante de aparatos sociais pré-determinados e com resquícios de colonialismo? Assim é a voz poética de Conceição Lima em seu livro”, contempla o docente.


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Poetas Negras Brasileiras – uma antologia, org. Jarid Arraes

Nesta obra brasileira, podemos navegar pela poesia contemporânea, nascida de vozes femininas negras. O livro apresenta poesias de diversas mulheres e a obra foi organizada pela escritora e pesquisadora negra Jarid Arraes. “Por se tratar de uma coletânea de poetas negras, podemos mergulhar no universo de significações e de apreensões da mulher negra brasileira e suas vivências retratadas e cantadas pelos sujeitos poéticos”, comenta Gonçalves.

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O livro do avesso – o pensamento de Edite, de Elisa Lucinda

Elisa Lucinda é uma poeta, atriz e cantora brasileira. A obra trata-se de uma deliciosa prosa poética onde a personagem Edite narra sua trajetória feminina, suas paixões, seus desencontros, afetos e amizades por meio de uma narrativa envolvente em um fluxo de pensamentos contínuo. “Uma obra intimista que leva o leitor a um ambiente de escuta e de aprendizado. Imperdível”, aconselha o pesquisador.


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Kuami, de Cidinha da Silva

Cidinha da Silva é uma escritora e historiadora brasileira, que possui vasto acervo de obras, passando por contos, poesia, crônicas, entre outros estilos. Neste romance infanto-juvenil, a personagem central da trama é um elefante que, para libertar sua mãe das garras de traficantes de marfim, se une à sereia Janaína. “O enredo envolvente, com personagens marcantes, traz, nas suas entrelinhas, uma forte crítica ao agronegócio, à violência contra os animais e, principalmente, com um pano de fundo muito significativo em relação a resistência e ao afeto. Todas as obras de Cidinha da Silva são imperdíveis”, analisa o professor.


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Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem, de Maryze Condé

Maryze Condé é uma escritora caribenha, muito reconhecida e premiada. Neste romance, a autora traz à tona a história de Tituba, uma mulher negra que nasceu em Barbados no século XVII e presenciou, ainda muito jovem, sua mãe ser assassinada por um estuprador branco. Tituba também foi uma das primeiras mulheres a serem julgadas por bruxaria em Salem no ano de 1692. “Na obra, a autora, de certa forma, dá voz à Tituba, que foi silenciada pela história branca que contou sobre sua vida. É uma história de mulheres negras da diáspora, uma história de resistência. Inaceitável não ler esta obra”, conclui.

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