Santa Cruz do Sul aparece em terceiro lugar no ranking de municípios gaúchos com maior incidência de acidentes fatais com motocicletas. O levantamento, divulgado ontem pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul, aponta que, do total de ocorrências fatais, 49% envolveram motocicletas. O percentual fica somente atrás de Pelotas (56%) e Novo Hamburgo (50,2%). O estudo considera os casos registrados entre 2010 e 2016 no Estado.
Na lista dos 20 municípios com mais acidentes fatais envolvendo motos, Santa Cruz está na 11ª posição. De acordo com o Detran, no período pesquisado, ocorreram 74 acidentes com motocicletas que resultaram em morte. O levantamento também mostra os cinco lugares com mais ocorrências: BR-471, com 25; RSC-287, seis; RSC-471, quatro; Independência, quatro; e Pedreira, dois.
Por um milagre, o professor de dança Augusto Pereira, 24 anos, não entrou para as estatísticas do Detran. Ele conduzia uma motocicleta na madrugada de 14 de novembro de 2015 quando foi atingido por um carro e arrastado por cerca de 400 metros, na Rua Dona Carlota, Bairro Faxinal Menino Deus. Os médicos acreditavam que ele só sobreviveria por cinco horas, tamanha a gravidade das lesões. Mas Guto, como é conhecido, conseguiu superar o traumatismo craniano e as diversas fraturas pelo corpo.
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O jovem passou 42 dias internado e foi submetido a oito procedimentos cirúrgicos – o último deles, uma reconstrução facial, ocorreu na terça-feira desta semana. O dançarino conta que ficou cinco meses imobilizado e, até hoje, não consegue realizar todas as atividades do trabalho.
Fins de semana têm mais casos
No ranking dos municípios com mais acidentes fatais com moto, estão, em ordem, Porto Alegre, com 345 (8,3%); Pelotas, 210 (5%); e Caxias do Sul, 116 (2,8%). A maior parte dos acidentes fatais no Rio Grande do Sul ocorreu nos sábados e domingos, mas as sextas-feiras apresentaram números maiores em relação aos demais dias da semana.
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Ao todo, 13.746 morreram no trânsito gaúcho em decorrência de 12.279 acidentes. Dentre as vítimas, 3.322 eram motociclistas (24%) e 423, caroneiros (3%). Os acidentes fatais envolvendo motocicletas representam 34% do total de ocorrências graves.