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Cigarros eletrônicos estão na pauta de discussão da Anvisa

A Anvisa realizará em Brasília, no dia 8 de agosto, uma audiência pública sobre os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), mais conhecidos como cigarros eletrônicos. A decisão foi tomada em uma reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa (Dicol), em Brasília, nessa terça-feira, 18.

O evento promete mobilizar tanto os envolvidos no combate ao tabagismo e quanto as indústrias interessadas em explorar este mercado no Brasil. O produto é proibido no País, mas a regra prevê que as indústrias possam submeter estudos de segurança para análise junto à Anvisa. Conforme o diretor relator da matéria, Renato Alencar Porto, a discussão é importante para todos os interessados.

“Uma vez que ainda há uma ausência de dados conclusivos sobre os impactos de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), a audiência pública se faz importante para debater e coletar subsídios científicos atualizados, sobre os potenciais benefícios e riscos à saúde associados aos dispositivos, sejam esses individuais ou coletivos. Trata-se de um encontro presencial, aberto a qualquer interessado. Tem-se o intuito de promover a discussão com os principais agentes afetados”, disse Porto.

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O cigarro eletrônico, bastante em voga atualmente, é um dispositivo que produz vapor inalável com ou sem nicotina, podendo servir como alternativa ao fumante. No Brasil, a importação e venda de cigarros eletrônicos foi proibida em 2009 pela Anvisa. Na ocasião, o órgão entendeu que o produto libera nicotina e outras substâncias cancerígenas e não ajuda no propósito de parar de fumar.

Tânia Cavalcante, secretária-executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção Quadro para Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), da qual o Brasil é signatário, alerta para os efeitos nocivos do cigarro eletrônico. “Entendemos que toda e qualquer discussão sobre este tema deveria ter como ponto de partida a compreensão de que o que se está discutindo não é mercado de cigarros ou cigarros eletrônicos, e sim o comércio de nicotina. Estamos discutindo a entrada de novas formas atrativas de fornecimento de nicotina, em um cenário onde já se observa uma tendência nacional e global de redução do tabagismo, ou seja, de redução da dependência de nicotina”, comentou.

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Para Rafael Bastos, gerente sênior de assuntos coorporativos na Philip Morris Brasil, este é o primeiro passo na análise de cenários e do impacto dos cigarros eletrônicos. “Existem diferentes pontos de vista sobre esse assunto, que é complexo. Mas essa complexidade não pode se tornar uma barreira para que se avance. Apoiamos a realização da audiência pública. É, talvez, o primeiro passo pós painel de 2018. Sei que a área técnica não para, que a Anvisa não para, mas do lado de cá, do setor regulado, foi um ano até a gente ter essa nova ação.”

A Philip Morris, que é a maior fabricante de cigarros do mundo, defende a regulamentação desses produtos no Brasil, como explica Bastos. “Hoje, o que acontece no Brasil – e não podemos fechar os olhos para esta realidade -, é que 100% desse mercado que existe é ilegal, 100% dos produtos que estão sendo vendidos é de forma ilegal. Isso significa que a Anvisa está fazendo o seu papel, tentando inibir, nós como empresa também, mas a gente sabe que uma boa regulamentação, sim, pode inibir esse fenômeno e processo que está crescente”, destacou. Um segundo encontro também foi aprovado nessa terça, pela diretoria colegiada da Anvisa. A audiência vai acontecer no Rio de Janeiro em data ainda a ser confirmada.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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