O grupo de ciclistas composto por Rogério Ivan Hein, Martim Gunter Panke, Fernando Henrique Mossmann, Roberto Inácio Backes, Leandro Streher e Luiz Faccin segue no caminho para Santiago de Compostela, permeado por paisagens exuberantes na província de Castilla y León, no Norte da Espanha. Nessa segunda-feira, 4, o trecho realizado foi entre Villamayor del Río e Castrojeriz. Eles passaram por Burgos, que conta com o portal medieval Arco de Santa María, que marcava a entrada da cidade. Mais adiante, eles se depararam com as ruínas do convento medieval de San Antón, construído no século 14. Foram 100 quilômetros de pedalada.

Nessa terça-feira, 5, o grupo pedalou 76 quilômetros até Calzadilla de la Cueza. Um dos destaques foi o Museu Vestigia, em Frómista, principalmente as histórias, milagres e lendas do Caminho de Santiago. Em Carrión de los Condes, a Igreja Santa María del Camino é ponto de visitação. Metade do percurso foi superada. “Segunda-feira foi o dia mais longo de pedal, com muitas subidas. Fomos mais por asfalto para ganhar tempo. A chegada em Burgos é confusa e visitamos a cidade, que é linda. A igreja, as pontes e o rio. Realizamos parada para lanche e seguimos viagem novamente por asfalto, fazendo desvio do percurso, que ficou mais longo. Terça o percurso era mais plano, mas enfrentamos dificuldade com o forte vento”, relatou Luiz Faccin.

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Nesta quarta-feira, 7, o desafio foi de 80 quilômetros até León. Após a passagem por bodegas de vinho e cenários campestres, os ciclistas chegam a uma cidade média, com cerca de 130 mil habitantes. Um dos principais pontos de visitação é a Casa Botines, edifício art nouveau projetado pelo arquiteto Antoni Gaudí. Nesta quinta-feira, 8, haverá um descanso, importante para revisão das bicicletas e equipamentos. “Passamos por muitas plantações de girassol e uva, além de pastagens. O clima está muito seco e temos o desafio da baixa umidade. Temperatura de 15 graus durante a manhã e quase 30 graus à tarde. Fora isso, muito vento contrário”, comentou Luiz Faccin. Problemas como pneu furado e corrente arrebentada foram resolvidos de forma rápida e não chegaram a prejudicar o andamento nessa terça-feira.

Na sexta-feira, 9, o grupo terá o principal teste de toda a viagem – um trecho de 104 quilômetros com maior altimetria, entre León e Ponferrada. Em Astorga, o principal destaque é o Palácio Episcopal desenhado por Antoni Gaudí, transformado no Museu de los Caminos. Na Cruz de Hierro, um dos pontos mais importantes do trajeto, os peregrinos são convidados a deixar uma pedra, trazida do país de origem e carregada durante toda a viagem. A tradição começou com os primeiros peregrinos, ainda no período românico.

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Já o Castillo de los Templarios, em Ponferrada, conta com acervo de 1,4 mil livros, entre eles fac-símiles de obras de Leonardo da Vinci. Os templários tomaram posse da fortaleza no século 12, reforçando-a e ampliando-a para servir como palácio habitável e proteção da passagem dos peregrinos. “Já passamos por lugares marcantes na história, como o Canal de Castilla em Frómista, que, segundo historiadores, foi construído por Napoleão Bonaparte para navegação. A cada trecho que avançávamos, presenciamos locais deslumbrantes”, detalhou Faccin.

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