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Chuvas são alerta para proliferação do Aedes aegypti

As chuvas dos últimos dias alertam para um dos maiores problemas do verão: a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Transmissor da dengue, do vírus zika e da febre chikungunya, o inseto se desenvolve na água parada, especialmente quando as temperaturas estão mais elevadas. Em fevereiro do ano passado, após a descoberta de 20 focos do vetor em Santa Cruz, a cidade passou a ser considerada área infestada. Desde então, a Vigilância Sanitária intensificou as medidas de combate e prevenção. No último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (Liraa), feito em novembro, não existiam mais focos do mosquito. O Liraa é realizado por meio da coleta de amostras de 20% de todas as residências da cidade.

Para garantir que não haja novos focos do mosquito, 84 agentes comunitários de saúde estão trabalhando no quarto e último ciclo de visitas às residência. A ação teve início ainda em fevereiro de 2016, sob recomendação do Ministério da Saúde. Divididos em microáreas, eles fazem a vistoria de 100% das casas em busca de lugares com água parada. 

Quando encontram possíveis criadouros, os agentes eliminam esses recipientes e orientam os moradores com medidas para não deixar acumular água novamente. No caso de reservatórios e piscinas, quando a água não pode ser jogada fora, as equipes fazem  um tratamento com larvicidas. Cerca de seis bairros santa-cruzenses, dentre eles o Centro e o Higienópolis, não contam com agentes comunitários. Para essas localidades, o 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB) deve disponibilizar uma equipe de militares para a execução da tarefa.

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Conforme o coordenador municipal do departamento de ações de combate ao mosquito da dengue da Vigilância Sanitária, Leonardo Rodrigues, as equipes contam com denúncias da comunidade para fazer as intervenções. “Caso a população se depare com locais abandonados, que considere propícios para reprodução das larvas, pode entrar em contato conosco”, orienta. Normalmente, os agentes realizam até duas inspeções por residência, com intervalo de sete dias caso não tenham sido atendidos na primeira. 

Quando é possível observar, da rua, que provavelmente não existem focos, não é necessário entrar. Já nas casas em que se constata um possível foco do Aedes aegypti e os moradores não atendem nas duas tentativas de visita, as equipes estão resguardadas por uma autorização judicial para entrar e tomar as providências.

No final de fevereiro, quando o quarto ciclo de visitas tiver sido concluído, um novo  levantamento deverá ser feito para averiguar se os resultados de novembro se mantiveram. Se isso se confirmar, o monitoramento voltará a ser feito através de armadilhas colocadas para detectar larvas do vetor em pontos estratégicos, um processo que é adotado nos outros 12 municípios da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde. 

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Cuidados redobrados para quem for viajar

Quem for viajar para áreas infestadas neste verão deve redobrar os cuidados com picadas de insetos. Repelentes são indispensáveis, tanto o que é aplicado no corpo quanto o elétrico, usado dentro dos ambientes. Ao retornar para a cidade onde reside, quem apresentar qualquer sintoma de dengue, zika ou chikungunya deve procurar o médico e informar a situação, bem como o local para onde viajou. 

Os principais sintomas da dengue são: febre alta de início súbito acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor atrás dos olhos, dor muscular e nas articulações, manchas avermelhadas pelo corpo, náuseas e vômitos. Já a chikungunya apresenta febre alta de início súbito acompanhada de dores intensas nas articulações e pode estar associada a dores de cabeça e musculares. No caso do zika vírus, os pacientes costumam apresentar manchas vermelhas na pele, febre baixa ou inaparente, conjuntivite, dores de cabeça e pelo corpo.

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