Regional

Chuvas provocam atraso na construção de barragem em Vera Cruz

O clima adverso está provocando atraso na construção da Barragem Dona Josefa, em Vera Cruz. A estrutura, localizada em Linha Andréas, está em obras desde meados do ano passado e tinha previsão de conclusão neste primeiro semestre, mas as chuvas acabaram por atrasar o cronograma. O prefeito Gilson Becker ressalta que a execução é feita inteiramente com recursos próprios do Município, tanto financeiros como servidores, maquinário, material e todas as demais necessidades inerentes a uma estrutura como essa.

“Em todo esse período chuvoso não tivemos possibilidade de trabalhar, e agora serão necessárias pelo menos duas semanas de tempo seco para conseguirmos retomar.” De acordo com o gestor, não é possível estimar uma data para a conclusão, visto que depende das condições climáticas. Além disso, a demanda por máquinas e pessoal para a recuperação de estradas, pontes e outras infraestruturas danificadas em vários pontos do município é outro fator que contribui para um ritmo mais lento.

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Ainda sobre as chuvas, conforme o prefeito, não foram registrados danos significativos no terreno e nem deslizamentos nos morros no entorno. “Teve enchente, mas resolvemos com uma pequena intervenção, nada significativo”, frisa. Ele destaca a importância da preservação do Arroio Andréas, por meio do programa Protetor das Águas, para evitar danos maiores a partir de grandes precipitações. “O manancial, mesmo com todo esse volume de chuva, não sofreu com problemas como os vistos no Rio Pardo e no Rio Pardinho.”

A Barragem Dona Josefa terá uma área alagada de 16 hectares, com capacidade de armazenamento de 300 mil metros cúbicos de água. Atualmente são usados, em média, 5,5 mil metros cúbicos por dia para o abastecimento de toda a população. Assim, a estrutura terá capacidade de atender à demanda por 60 dias apenas com a água armazenada, sem captação adicional. O objetivo é que ela resolva definitivamente as dificuldades de abastecimento que o município enfrenta durante períodos de estiagem prolongada.

Futuro

Ao comentar o planejamento para o futuro, Gilson Becker ressalta que já estava em andamento um diagnóstico socioambiental conduzido pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). A partir dos resultados e informações que também estão sendo levantadas pelos técnicos do Município, serão embasadas as decisões sobre novos licenciamentos ambientais, autorizações de construção em áreas passíveis de alagamento e outros. “Vamos buscar evitar a ampliação de problemas já existentes e minimizar esses impactos.”

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Trabalho tem sido constante no interior

Além da zona urbana e das rodovias que dão acesso à sede do município, Vera Cruz também precisa recuperar as estradas do interior. Segundo Gilson Becker, as estradas de Albardão e da Rebentona são as que demandam mais atenção devido ao tráfego intenso de carros e caminhões, que estão usando essas vias como rotas alternativas para chegar a Candelária. O trajeto principal, pela RSC-287, permanece bloqueado devido à queda da cabeceira e parte da ponte sobre o Rio Pardo.

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Becker diz que o trajeto de Albardão, sobretudo, tem sido de difícil manutenção devido à passagem de caminhões e carretas carregados e também ao clima úmido. Com chuvas constantes, o trabalho de recuperação não estava sendo durável. “Em algumas partes, nós já refizemos três vezes o aterro e continuamos em constante atuação. A umidade e o peso dos veículos exigem a repetição e a colocação de mais material.” Os serviços são executados em conjunto com a Prefeitura de Rio Pardo e produtores rurais.

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Já a estrada para a localidade da Rebentona, no limite com Candelária, também está sendo restaurada em parceria entre as duas prefeituras. Conforme Becker, a região possui muitas fazendas que precisam escoar a produção agrícola, e fazer esse deslocamento até a RSC-287 e BR-471 por Vera Cruz é mais rápido e prático. “Em Candelária os transtornos foram muito maiores e deve demorar para normalizar as coisas, então estamos auxiliando os moradores para que tenham um acesso por aqui.”

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Iuri Fardin

Iuri Fardin é jornalista da editoria Geral da Gazeta do Sul e participa três vezes por semana do programa Deixa que eu chuto, da Rádio Gazeta FM 107,9. Pontualmente, também colabora nas publicações da Editora Gazeta.

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