O grande volume de chuva acumulado nos últimos dias deixa o Vale do Rio Pardo em alerta. Além da preocupação com as cheias dos rios Pardinho e Taquari, que chegou a sair do leito em alguns locais, o clima também pode prejudicar o desenvolvimento do tabaco recém-plantado e das verduras, legumes e hortaliças. Para piorar, a previsão indica que, após um final de semana de tempo seco, a chuva volta nesta segunda, 27, e se estende até a próxima quarta-feira, 29, ainda que em volumes pequenos.
Em Venâncio Aires, o nível do Rio Taquari chegou a 11,70 metros por volta das 18 horas dessa quinta-feira, 23. O nível normal é de sete metros. A Defesa Civil monitora a situação e informou que já havia estabilização e leve baixa no início da noite. A ERS-130, em Vila Mariante, teve o trânsito interrompido na altura de Linha Itaipava das Flores em função da água que invadiu a pista. Até o momento, não foi necessário realizar remoções e não há famílias desabrigadas. Porém, devido à previsão de mais chuva para os próximos dias nas cabeceiras do rio, o estado de alerta permanece.
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Em Santa Cruz do Sul, a cheia do Rio Pardinho também foi motivo de preocupação na manhã dessa quinta-feira. Por volta das 8 horas o nível chegou a 7,3 metros, pouco menos do que o necessário para que o rio saia do leito e invada os terrenos da Rua Irmão Emílio, no Bairro Várzea. Ao longo do dia, com a trégua da chuva, o volume baixou, chegando a 6,2 metros no final da tarde. Também não foi necessário remover famílias. As ocorrências da Defesa Civil se limitaram a atendimentos para buracos em ruas e a identificação de duas árvores podres, mas que não chegaram a cair.
Entre terça-feira, 21, e essa quinta, a instabilidade em Santa Cruz superou os 50 milímetros de chuva. O volume esperado para o mês de junho é de 115 milímetros, que já foi alcançado e deve ser superado, tendo em vista a previsão de mais precipitações para a próxima semana.
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Efeitos das chuvas
Além do impacto nos rios, a agricultura também sente os efeitos do clima úmido. Segundo Carlos Waechter, presidente da Associação Santa-cruzense de Feirantes (Assafe), a produção não é tão atingida porque a maioria dos produtores conta com estruturas apropriadas, como estufas e canteiros com cobertura plástica. Ele explica, porém, que os dias de frio e com pouco sol estão afetando o desenvolvimento das hortaliças em geral. Isso pode causar uma redução de oferta nas feiras rurais, mas ele garante que não vai faltar produto.
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