Chuvas ajudam na agricultura, mas ainda é preciso manter a economia de água

As chuvas registradas na última semana de janeiro e neste início de fevereiro foram importantes para alguns setores da agricultura, mas não representaram a recuperação total dos pontos de captação nos municípios da região. Prefeituras ainda orientam os cidadãos a utilizarem água de forma racional e seguem a distribuição por meio de caminhões-pipa, em especial na área rural, garantindo o abastecimento para o trato animal e para as pessoas.

Em Santa Cruz do Sul, de acordo com a Estação Meteorológica da Unisc, neste mês já foram contabilizados 12,4 milímetros de precipitação. A média, no entanto, é de 148 milímetros e a expectativa, após a instabilidade do último sábado, é de uma semana com dias de sol e máxima de 32 graus.

Segundo o gerente local da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Bruno Barreto, as últimas chuvas fizeram com que o Lago Dourado, onde é realizada a captação, chegasse a 88% da capacidade. “No momento mais crítico, o lago estava em 4,08 metros, sendo que o normal é 4,90. Na sexta-feira registrou 4,47”, aponta. Além da elevação, cita como pontos positivos as chuvas em volumes mais expressivos que ocorreram na cabeceira do rio e o fato de que a barragem do Rio Pardinho voltou a ser transposta pela água. “Assim, a água chega em cano cheio no lago”, explica.

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No interior, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, a demanda por abastecimento foi reduzida em 40%. Se antes eram necessários dois caminhões-pipa para atender os moradores do interior, atualmente, um veículo é o suficiente para dar conta dos pedidos por água potável para consumo humano.

Conforme a assessoria de imprensa do Município, as localidades atendidas são Cerro Alegre Baixo, Capão da Cruz, São José da Reserva, Rio Pardinho (Travessão Dona Josefa, Travessa Andreas, Entrada Zingler, Nove Colônias), São Martinho, Linha Andrade Neves e Linha Monte Alverne, totalizando 20 mil litros de água por dia para 80 famílias.

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Em Venâncio Aires, a Corsan não registrou problemas de falta de abastecimento. O Arroio Castelhano retornou à normalidade após as chuvas. A estatal salienta que apenas a Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) recebe água do caminhão-pipa. O nível do rio, em Candelária, também é apontado como normal. “Em janeiro, houve a necessidade de execução de um barramento para manter o abastecimento, não sendo preciso a utilização de caminhão-pipa”, destaca a assessoria da empresa.

A Corsan reforça que ainda não trabalha com a hipótese de racionamento. Solicita, no entanto, a colaboração de todos para evitar o desperdício, com atitudes como banhos curtos, molhar as plantas só com regador e não lavar a calçada ou veículos.

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Sinimbu

Sinimbu não enfrenta racionamento na área urbana, mas a Prefeitura mantém o pedido de colaboração da comunidade para evitar desperdício. No interior, a Secretaria de Obras segue a distribuição de água em todas as localidades, em quantidade menor no comparativo com as semanas anteriores. O governo municipal realiza a abertura de aguadas nas propriedades, como forma de reduzir o número de famílias atendidas com o transporte de água.

O secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo de Vale do Sol, Alessandro Kappel, conta que o racionamento continua. “A chuva foi boa para a agricultura, mas ainda não representou reversão no abastecimento”, enfatiza. Na chamada parte baixa do município, há dois horários de restrição. Na divisa com Vera Cruz, entre 22 e 7 horas; e no Centro, entre 13 e 17 horas. Há possibilidade de alteração na área central, porque tem afetado o desempenho do comércio.

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A Prefeitura atua com dois caminhões-pipa, representando 20 cargas diárias. São 180 mil litros por dia para o abastecimento e atendimento dos reservatórios, que não alcançam a vazão suficiente. Segundo Kappel, foi feita a revitalização das vertentes e, no final de fevereiro, deve ser licitada a perfuração de quatro poços: dois por meio de emenda e dois com recursos próprios. “Dias atrás houve limpeza, com teste de vazão, e foram adquiridos motor e bomba para logo reabrir um poço”, acrescenta.

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Vera Cruz

Entre as ações para minimizar os danos causados pelas estiagens, em Vera Cruz, o secretário do Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Diego Halmenschlager, aponta o estudo para a criação de uma barragem. Serão 12 hectares de área para dar suporte ao Arroio Andreas. “O município cresceu, foram instalados novos loteamentos e isso quer dizer mais consumo”, ressalta.

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A Prefeitura segue levando água para localidades mais afastadas, que não recebem da rede municipal. Um caminhão, em parceria com o Corpo de Bombeiros, entrega para o consumo humano, e outro é dedicado aos animais. Além disso, orienta a evitar o desperdício e intensificou a fiscalização, proibindo inclusive a lavagem de veículos.
Halmenschlager recorda que em 2021 houve avanços nos reservatórios das propriedades rurais, com melhoramento dos açudes, o que refletiu de forma positiva e reduziu a entrega de água com caminhões.

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