ATUALIZADO ÀS 20h00
Pouco mais de um mês após ter recebido a visita do Ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, a casa modelo do Residencial Viver Bem já contabiliza a segunda inundação. A chuva que caiu em Santa Cruz do Sul desde a noite de sábado, 30, até a manhã deste domingo, 31, – cerca de 140 milímetros, conforme a Defesa Civil – alagou a residência da safrista Janete Paiano e várias outras das proximidades.
De acordo com a dona da casa modelo, dessa vez foi necessário quebrar a calçada para fazer valetas que dessem conta do escoamento da água. Janete reclama que, mesmo procurando a Administração Municipal na primeira enchente, nenhuma providência foi tomada. Para ela, o que causa as inundações é o nível em que a casa foi construída. “É muito baixa. Será que toda a chuva vai ser isso?”, questiona.
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A água chegou a cerca de 15 centímetros dentro da casa da safrista. Ela conseguiu evitar que o acumulado atingisse os dois quartos, colocando edredons dobrados nas portas. Com a ajuda de vizinhos, ergueu os móveis a tempo de não perder nada. Por outro lado, as goteiras existentes em quase todos os cômodos da casa não é possível evitar. “É uma vergonha”, afirma.
A secretária municipal de Inclusão, Desenvolvimento Social e Habitação, Helena Hermany, informou que, assim como na primeira vez, vai cobrar providências da empresa responsável pela obra e, também, da Caixa Econômica Federal. Segundo ela, quando a casa modelo inundou em dezembro, as pessoas foram realojadas em um hotel, para a realização das reformas necessárias. Ao voltarem para a residência, ganharam móveis novos. “Eu imaginei que estivesse resolvido”, disse.
Agora, a secretária afirma que a casa será interditada, pois a família “não pode ficar vivendo com essa incerteza”. Segundo ela, a Defesa Civil vai enviar um laudo a respeito de cada uma das casas prejudicadas pela chuva aos responsáveis pela obra e, também, ao Ministério Público. “Serão duas ações: a interdição da casa modelo e o relatório sobre as outras residências”, explicou.
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De acordo com ela, a medida será tomada para que situações como essa não voltem a acontecer. “As pessoas não podem ficar nesse sufoco”, ponderou. Helena lembrou que as famílias esperaram pela casa própria por muito tempo e foi dura ao criticar os engenheiros responsáveis. “Há um declive violento no nível do terreno do Viver Bem. Eu estou defendendo as pessoas. Elas não podem ficar à mercê da falta de profissionalismo”, concluiu.
Clique aqui e veja o vídeo publicado por Janete em seu perfil numa rede social. As imagens mostram os estragos da água dentro de sua residência.
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