Chuva, vento e granizo deixam rastro de destruição no Vale do Rio Pardo

O temporal que atingiu a região na noite de domingo, 1º, deixou um rastro de destruição. Vários municípios do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra registraram chuva volumosa, ventos fortes, queda de granizo e inundação de ruas, entre outros prejuízos. Em Arroio do Tigre, uma das estruturas da praça de alimentação da 3ª Festa da Cuca, Linguiça e Chope não resistiu e tombou, deixando 30 pessoas feridas. Uma delas sofreu fraturas e precisou ser encaminhada para um hospital em Canoas.

Em Santa Cruz do Sul, os problemas começaram por volta das 22 horas, com fortes rajadas de vento que resultaram em destelhamentos, quedas de árvores e falta de energia elétrica em algumas partes da cidade. De acordo com a Defesa Civil, duas árvores tombaram e 12 lonas foram distribuídas para moradores dos bairros Santa Vitória e Bom Jesus. Dados da estação meteorológica da Gazeta do Sul, no Centro, mostraram um acumulado de chuva de 65 milímetros e ventos de mais de 60 quilômetros por hora.

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Em Vera Cruz, a situação foi semelhante. Com ventos de 46 quilômetros por hora e acumulado de 60 milímetros, árvores caíram e houve destelhamentos. Uma das plantas caiu sobre a Rua Valentim Rech, no Bairro Imigrante. Um motociclista que trafegava pela via não conseguiu desviar e acabou se acidentando. Ele sofreu ferimentos leves. Em razão dos estragos, o fornecimento de energia elétrica e de água foi comprometido em algumas localidades do interior.

Em Venâncio Aires, os estragos foram menores e as previsões de horário e intensidade do evento climático se confirmaram. Na avaliação do coordenador da Defesa Civil, Luciano Teixeira, a comunidade precisa estar cada vez mais atenta e levar a sério os alertas da instituição. A Capital do Chimarrão teve cinco casas destelhadas, um fio energizado caído sobre a via e uma queda de árvore no Bairro Grão Pará. Houve interrupções no fornecimento de água e energia elétrica.

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Já Encruzilhada do Sul teve 90% da zona urbana sem luz em vários horários, e mais de 15 residências foram destelhadas em diferentes localidades. A RSC-471 precisou ser desobstruída por uma equipe da Secretaria de Obras e Corpo de Bombeiros devido à queda de árvores no trecho entre Dom Marcos e o trevo de acesso à cidade.

Até o momento, mais de 200 metros de lona já foram distribuídos aos atingidos. A Defesa Civil trabalha na coleta de dados e na elaboração de relatórios de assistência social para garantir os materiais e mão de obra necessários.

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Granizo no tabaco

Além do vento, da chuva e dos raios, o granizo provocou prejuízos nas lavouras de tabaco do Rio Grande do Sul. A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) recebeu entre domingo e segunda-feira, 2, 422 avisos de sinistros. A região de São Lourenço do Sul foi a mais atingida, com 342 notificações, seguida por Canguçu, com 41. Santa Cruz, Venâncio Aires e Sobradinho somaram 23 avisos.

Chuva deixou garagem inundada em prédio no Universitário

O grande volume de chuva em poucos minutos inundou a garagem de um prédio localizado na esquina das ruas Augusto Spengler e 28 de Outubro, no Bairro Universitário, em Santa Cruz do Sul. O espaço fica abaixo do nível da via e tem acesso pela Augusto Spengler, que foi por onde a água invadiu. Vídeos gravados pelos moradores e postados nas redes sociais dão a dimensão dos prejuízos, tendo em vista que carros ficaram parcialmente submersos e outras infraestruturas da construção também foram afetadas.

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Em toda a área de abrangência da RGE, o temporal deixou 279 mil consumidores sem energia elétrica. O pico do desabastecimento foi por volta das 2 horas da madrugada de domingo para segunda-feira. Às 6 horas, o número havia caído para 190 mil residências afetadas. À tarde, nova redução para 126 mil desabastecidos. Em Venâncio Aires, a Corsan precisou deslocar um gerador para garantir o funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Bairro Morsch.

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