Com o volume satisfatório de chuvas nos primeiros meses do ano, a Emater-RS/Ascar aponta bons resultados nas chamadas “culturas de verão” no Rio Grande do Sul, em seu mais recente informativo conjuntural. O documento é produzido pela gerência de Planejamento, vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Estado.
Cerca de 6% das lavouras do Estado estão em fase de maturação. No mesmo período do ano passado, 2% da área com culturas de verão, divididas em frutícolas (árvores de frutos) e olerícolas (hortaliças, tubérculos, culturas folhosas e alguns frutos como melão e melancia), já havia sido colhida. Atualmente, 54% das plantações encontram-se na etapa de enchimento de grãos, 33% estão em floração e 7% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
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No Vale do Rio Pardo, as lavouras de soja e milho também foram beneficiadas pelas chuvas que caíram em janeiro e nas primeiras semanas do mês de fevereiro. De acordo com o extensionista rural agropecuário da Emater, Vivairo Zago, 2021 já apresentou cerca de três ou quatro semanas com chuvas satisfatórias, que elevaram o volume dos mananciais.
As culturas da soja e do milho enfrentavam um cenário de estiagem no final do ano passado. As lavouras puderam se recuperar com o quadro favorável do início deste ano.
No município de Rio Pardo, a Secretaria de Desenvolvimento Rural acompanhou o início da colheita de soja na última segunda-feira, no final da tarde, no corredor da Lagoa Formosa, no distrito de João Rodrigues. O Departamento do Interior presta apoio ao trabalho por meio da realização de reparos pontuais nas estradas.
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No caso da soja, a estiagem verificada nos últimos meses de 2020 foi superada pelas boas precipitações de chuva em janeiro e fevereiro. Segundo o extensionista da Emater, a estimativa nesta safra é que o produtor colha em média 3.300 quilos por hectare plantado.
“Mesmo com duas semanas com pouca chuva, bem abaixo do normal, a gente não tem nenhum quadro de perdas nesse período. Mas em função do bom volume de chuva na virada de janeiro para fevereiro, tem bastante umidade acumulada e a soja está se mantendo com isso, bastante favorável para o crescimento e desenvolvimento dela. A maioria das lavouras da soja se encontra na fase de enchimento de grãos”, explica Zago.
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O potencial das lavouras é considerado bom pela Emater. Uma parte da soja ainda está em fase de maturação e irá necessitar de um volume de chuvas estável nas próximas semanas. Apesar das dificuldades, a estiagem do final do ano passado trouxe um quadro positivo para o combate ao aparecimento de doenças nas plantas. “Esse período seco até reduziu muitos problemas fitossanitários de doenças como ferrugem, mofo branco. Então o tempo mais seco dificultou o ataque de doenças causadas por fungos e melhorou a sanidade das lavouras com esse período de bastante radiação solar e menos umidade”, comentou.
No Vale do Rio Pardo, os produtores começam a colher cerca de 12% do total a partir dos dias 10 ou 15 de março. A saca da soja, segundo o mais recente informativo conjuntural da Emater, gira em torno de R$ 158,00. Na regional de Soledade, onde está inserido o Vale do Rio Pardo, a previsão é de que sejam plantados 451.430 hectares de soja neste ano, aumento superior a 2,3% em relação a 2020.
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Em razão da estiagem, que foi mais forte em outubro de 2020, a produção do milho na Regional de Soledade da Emater-RS/Ascar apresentou uma pequena perda neste ano, em cerca de 100 quilos por hectare. Para 2021, em 77.600 hectares plantados na região, a estimativa é de que a produtividade seja de 5 mil quilos por hectare.
O extensionista rural da Emater, Vivairo Zago, explica que o milho está na fase de maturação. Há muita lavoura madura para colher, em cerca de 25% das áreas já foi colhido. “Tem cerca de 30% em enchimento, uma parte em floração e em torno de 10% na fase vegetativa, plantada de forma tardia nas restevas de tabaco. Embora houvesse perdas nas lavouras do cedo, grande parte é usada para silagem. Na parte de grãos, a média final reduziu só 100 quilos por hectare. A estimada era de 5.100 quilos por hectare.”
Zago reforça que, caso as chuvas permaneçam caindo de forma constante na região, a estimativa de boa produtividade para a cultura vai se manter. Pelo último levantamento da Emater, a saca de milho é comercializada com um valor médio de R$ 79,00.
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