A semeadura da soja avança no Rio Grande do Sul, com diferentes estágios em andamento nas regiões do Alto Botucaraí, Centro-Serra e baixo Vale do Rio Pardo. De acordo com a Emater-RS/Ascar Soledade, o plantio nas áreas de maior altitude está praticamente concluído. Já nas regiões baixas, como Pantano Grande, Rio Pardo, Encruzilhada do Sul e General Câmara, a falta de umidade do solo havia interrompido parte das atividades, com cerca de 85% da área total semeada.
Segundo o engenheiro agrônomo Josemar Parise, com as chuvas dos últimos dias, os produtores que haviam pausado o plantio puderam retomar os trabalhos. “Essa precipitação foi boa para complementar a umidade do solo, garantindo condições favoráveis para a germinação dos grãos.” No entanto, alerta que o volume de chuvas registrado é suficiente apenas para uma semana. A continuidade do desenvolvimento saudável da cultura depende de precipitações semanais de até 40 milímetros.
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O zoneamento agrícola para a soja permite a semeadura até o final de janeiro. Atualmente, a maior parte das lavouras encontra-se na fase reprodutiva, enquanto cerca de 10% a 15% permanecem na fase vegetativa.
No Vale do Rio Pardo, espera-se uma colheita de 719,4 mil toneladas na safra 2024/2025. A última rendeu 721 mil toneladas do grão. Atualmente, o preço médio pago em um saco com 60 quilos é de R$ 128,87. “Para que a produtividade atinja os níveis projetados, chuvas regulares ao longo de dezembro são essenciais. Na região, estão estimados 218 mil hectares cultivados, com uma projeção média de 3,3 toneladas por hectare, desde que o clima se mantenha favorável”, explica o engenheiro agrônomo.
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A expectativa é de que os produtores comecem a colheita a partir do final de março, concentrando-se ao longo do mês de abril e encerrando no início de maio. “Até lá, os produtores seguem monitorando as condições climáticas, fundamentais para assegurar uma safra dentro dos patamares esperados.”
Rio Pardo possui a maior área cultivada com soja, totalizando 76 mil hectares. Depois vêm Encruzilhada do Sul, com 53 mil hectares, e Pantano Grande, com 22 mil hectares.
Hectares cultivados com soja
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