Os indicadores pluviométricos registrados pela Estação Meteorológica da Gazeta Grupo de Comunicações, no centro de Santa Cruz do Sul, não param de surpreender e quebrar recordes. Em um período de 30 dias, entre 23 de abril e 23 de maio, foi registrada 60% da precipitação esperada para o ano inteiro. Além disso, maio foi o mês mais chuvoso da história do município, superando em muito setembro do ano passado.
A média anual de chuvas para Santa Cruz é de 1.686 milímetros. No período de 30 dias analisado, o acúmulo foi de 1.000 milímetros, o que corresponde a 60% do total previsto para 2024. O pico foi no dia 30 de abril, quando choveu 175 milímetros em 24 horas, seguido pelo dia 1º de maio, com 141 milímetros; e 12 de maio, com 120 milímetros. Nessa quinta, mais uma vez a chuva não deu trégua e o acumulado na área urbana alcançou os 130 milímetros, o que provocou a repetição de alguns transtornos, como a subida do Rio Pardinho e inundação de ruas em diversos bairros. No começo da noite, inclusive, a Defesa Civil emitiu alertas quanto a eventuais riscos para os moradores do Bairro Várzea.
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Em apenas 23 dias, maio de 2024 também se tornou o mês mais chuvoso da história climatológica santa-cruzense, cujas informações existem oficialmente desde 1914. Do dia 1º até essa quinta, a soma é de 613 milímetros. O recorde anterior pertencia a setembro de 2023, quando o registro foi de 569 milímetros. Naquele mês, o Rio Grande do Sul também foi atingido por enchentes de grandes proporções, com destaque para a região do Vale do Taquari. Já o maio mais chuvoso até então havia sido no histórico ano de 1941, com 404 milímetros no total.
Para se ter a noção do quão expressivos são esses números, vale fazer um cálculo. Um milímetro de chuva corresponde a 1 litro de água e uma área de 1 metro quadrado. Pegando como exemplo um quarteirão com 20 mil metros quadrados, um acumulado de 100 milímetros de chuva é o mesmo que 2 milhões de litros de água somente nessa área. A título de comparação, uma piscina com dimensões olímpicas comporta, em média, 2,5 milhões de litros de água. No mês, são 613 milímetros ou quase 447 bilhões de litros de água em toda a área do município de Santa Cruz, o que representa mais de 179 mil piscinas olímpicas.
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Trégua
A chegada de uma massa de ar frio será responsável por frear a chuva no Estado nos próximos dias, mas também por derrubar as temperaturas. Hoje, a previsão é de pouca chuva no Vale do Rio Pardo, com acumulados entre 10 e 30 milímetros. As mínimas, contudo, podem chegar a 5 graus em alguns municípios. O tempo seco e frio permanece durante todo o fim de semana, com máximas de 16 e mínimas de 8 graus. A chuva deve voltar na segunda-feira, mas novamente com baixa intensidade.
*Colaborou Ronaldo Falkenback
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