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Chuva dá fôlego para culturas na região, mas ainda não é o suficiente

A tão aguardada chuva que caiu na região na última terça-feira, 14, trouxe alívio para a agricultura, mas não teve volume suficiente para recuperar os reservatórios de água. Os levantamentos da Emater/RS-Ascar mostram que as precipitações variaram entre os 20 e os 60 milímetros nos diferentes municípios e localidades do Vale do Rio Pardo, Centro-Serra e Alto da Serra do Botucaraí. Com isso, os produtores ganharam fôlego para enfrentar a estiagem, mas os problemas de abastecimento não tiveram a melhora esperada.

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Conforme o engenheiro agrônomo Josemar Parise, extensionista rural da Emater, a chuva teve caráter geral em toda a Região Central do Estado e é considerada satisfatória para os cultivos de verão, como a soja, milho safrinha, plantas de cobertura de solo e hortaliças. “Já para as nascentes e reservatórios é preciso chuvas muito mais volumosas e frequentes, coisa que não temos desde maio e junho do ano passado.” Ele observa que as precipitações em janeiro e fevereiro ficaram muito abaixo da expectativa e o estresse hídrico já provoca perdas na ordem dos 35% para a soja.

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“Nesses últimos dias antes da chuva, as temperaturas estavam altas demais. Isso causou abortamento excessivo de flores e vagens”, detalha o especialista. Segundo ele, o momento agora é de acompanhar a resposta dos vegetais e torcer para que seja positiva e reduza os prejuízos. “A maioria das lavouras está na fase reprodutiva, de modo que só daqui a duas semanas teremos um panorama de como está a recuperação.”

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Para a produção de hortaliças, a chuva também era fundamental e veio em um momento crítico para as culturas. De acordo com o presidente da Associação Santa-cruzense dos Feirantes (Assafe), Carlos Waechter, o impacto foi positivo para reduzir a temperatura e mitigar os efeitos da estiagem. Ele afirma que não foram registradas perdas nos diversos cultivos existentes no município, mas diminuição das áreas plantadas para garantir a irrigação e também a capacidade de proteção das hortas com estufas e sombrites.

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A cor evidencia diferença entre milho cultivado no sistema de sequeiro (e) e irrigado (d) | Foto: Alencar da Rosa

É o caso da família Wlach, cuja propriedade está localizada em Linha João Alves. Mesmo com sistema de irrigação e reservatórios ainda com boa capacidade, o agricultor Luciano Wlach diz que nada substitui a chuva. Apesar do volume reduzido, ele comemora não apenas a água que veio do céu, mas também a ausência do sol e a redução nas temperaturas. “O sol é muito forte e faz muito calor. Mesmo irrigadas e com sombrite, as plantas sofrem demais nessas condições”, salienta.

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Trégua

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Após a passagem de uma onda de calor histórica no Rio Grande do Sul, que provocou temperaturas próximas dos 40 graus e sensação térmica muito acima disso, o calorão vai dar uma trégua nos próximos dias. As previsões indicam que as máximas não devem passar dos 30 graus na região e há possibilidade de chuvas em volumes entre os 10 e os 40 milímetros.

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Dificuldades para abastecimento continuam

Com vários meses consecutivos de chuvas abaixo da média, diversos municípios da região enfrentam problemas no abastecimento de água. É o caso de Vera Cruz, que decretou situação de emergência na última segunda-feira em função dos prejuízos causados pela seca.

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A mesma situação ocorre em Sinimbu, onde a localidade de Linha São João já está sob racionamento de água e não se descarta a possibilidade de ampliação para outros locais. Segundo o secretário de Agricultura e Obras, Félix Weis, a média no município foi de 30 milímetros. “É insuficiente para gerar impacto na recuperação das fontes. Reiteramos o pedido para que a população economize água e evite o desperdício.”

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Também com emergência decretada nesta semana, Vale do Sol não teve os problemas solucionados. Conforme o secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo, Alessandro Kappel, a chuva não apenas foi insuficiente para alterar o panorama como as fontes continuam com a vazão em queda. “Alguns poços e vertentes até secaram nesses últimos dias. Não podemos dizer que a chuva não foi boa, para a agricultura foi ótima, mas para o abastecimento não ajudou em nada.”

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