Agronegócio

Chuva atrasa o plantio das lavouras de arroz na região

O plantio do arroz no Vale do Rio Pardo está atrasado em razão das condições climáticas desfavoráveis. Segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a chuva constante deixa o solo com excesso de umidade e impede que os produtores ingressem com as máquinas para preparar as lavouras. Essa situação é mais perceptível nos municípios da área do 5º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate), sediado em Rio Pardo. Já na área do 27º Nate, de Candelária, o andamento é considerado normal.

De acordo com o engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, chefe do 5º Nate, a semeadura está lenta devido às chuvas e as áreas já semeadas são sob o sistema de cultivo pré-germinado. “Nas áreas de plantio em solo seco, os agricultores ainda não conseguiram entrar”, afirma. Segundo ele, a situação já é preocupante. Apesar de a época recomendada para o plantio do cereal se estender até 15 de novembro, a partir do fim de outubro a produtividade começa a cair a cada dia que passa.

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“As áreas de várzea estão muito úmidas pelo excesso de chuvas, impossibilitando os trabalhos de preparo do solo e semeadura”, enfatiza. Além disso, não há previsão de um período mais longo sem chuvas para permitir a entrada do maquinário. “Há grande possibilidade de atraso na semeadura, ocasionando redução na produtividade do arroz”, diz Tatsch. Dos 12.540 hectares previstos para plantio nos municípios de Rio Pardo, Pantano Grande e Passo do Sobrado, somente 708 foram plantados até o momento.

Na área do 27º Nate, que contempla Candelária, Cerro Branco, Cruzeiro do Sul, Novo Cabrais, Santa Cruz do Sul, Vale do Sol, Venâncio Aires e Vera Cruz, por outro lado, o ritmo é considerado normal pelo chefe do escritório local, engenheiro agrônomo José Fernando Rech de Andrade. “Está tudo dentro do normal e esperamos chegar a 60% das áreas plantadas até 25 de outubro”, frisa. Segundo ele, isso é possível porque os preparativos para o arroz pré-germinado estão intensos e a semeadura pode ser feita mesmo com tempo chuvoso.

Vale ressaltar ainda que houve incremento de áreas na região de abrangência dos dois escritórios. O 5º Nate passou de 12.070 hectares em 2023 para 12.540 neste ano, um incremento de 3,89%. Já o 27º Nate subiu de 12.260 hectares para 12.560 hectares, ou 2,44% a mais. Os municípios com maior aumento foram Candelária, Vera Cruz, Venâncio Aires, Rio Pardo e Pantano Grande.

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Iuri Fardin

Iuri Fardin é jornalista da editoria Geral da Gazeta do Sul e participa três vezes por semana do programa Deixa que eu chuto, da Rádio Gazeta FM 107,9. Pontualmente, também colabora nas publicações da Editora Gazeta.

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