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AGRICULTURA

Chuva ameniza seca e interrompe danos em lavouras

Foto: Lula Helfer

Perdas no milho plantado mais cedo são irreversíveis, mesmo com a chuva. Já as pastagens devem reagir, segundo a Emater

A chuva que atingiu a região do Vale do Rio Pardo na quarta-feira amenizou temporariamente os problemas causados pela estiagem. De acordo com a estação meteorológica da Gazeta Grupo de Comunicações, a precipitação atingiu 40 milímetros. Para o técnico agropecuário da Emater/RS-Ascar, Vilson Piton, a chuva foi positiva e estancou parte dos prejuízos causados pela seca. Destaca que as pastagens logo deverão reagir e rapidamente seu desenvolvimento será satisfatório, assim como nas demais culturas que tiveram grandes perdas em função das altas temperaturas.

A falta de água também prejudicou algumas culturas cujo plantio acontece mais cedo, como o milho e a soja. “Dependendo da fase da cultura e da época em que foram cultivadas, a falta de água e as altas temperaturas – mais de 40 graus – chegaram a queimar as plantas na lavoura. Em alguns casos, as perdas foram irreversíveis. Já as culturas mais novas ou recém-plantadas, nos meses de novembro e dezembro, têm mais chances de se desenvolver”, afirma o técnico.

Apesar da chuva, Piton lamenta que a quantidade de água não é suficiente para reverter o quadro de estiagem no Estado. “Ainda é muito cedo para dizer que a estiagem passou. Temos que ficar em alerta e preservar nossos reservatórios de água. Foram apenas duas chuvas, que não foram suficientes para repor a umidade ideal do solo. Daqui a uma semana o solo provavelmente estará seco novamente”, diz. Segundo ele, a evapotranspiração é muito maior do que a reposição da umidade no solo e, como já havia um deficit hídrico muito grande desde o fim de novembro, a situação tende a se repetir.

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O técnico agropecuário explica que, para suprir a demanda, o ideal seria ter uma chuva por semana. “Necessitamos toda a semana de uma boa chuva de, no mínimo, 30 a 40 milímetros para tentar segurar as plantas. Diariamente perdemos em média 5 milímetros de umidade no solo; se calcularmos pelos sete dias da semana, vamos chegar a 35 milímetros, o que seria o mínimo para podermos repor a umidade. O que ultrapassar esta precipitação será uma reserva a mais no solo”, observa o técnico.

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