Para alegria dos agricultores, a chuva voltou à região nessa terça-feira, 14. A precipitação amenizou o calor intenso dos últimos dias e tende a provocar efeitos benéficos na maioria das lavouras. Em especial o tabaco, que ingressa na reta final do ciclo no Vale do Rio Pardo, com famílias já concluindo a colheita na região mais baixa. Já em culturas como soja, milho, feijão, batata-doce e mandioca, entre outras, inclusive as de subsistência, a água foi muito bem-vinda.
O produtor Giovane Luiz Weber, colunista da Gazeta do Sul, que reside em Cerro Alegre Alto, a cerca de 12 quilômetros da cidade de Santa Cruz do Sul, disse que em sua propriedade foram registrados 36 milímetros até o meio-dia dessa terça. E nova chuva forte veio na parte da tarde, de 22 milímetros. Salienta que essa quantidade permitirá ao tabaco, em suas lavouras, concluir o amadurecimento. “Estas plantas já ingressaram no ciclo final, e só vão concluir a maturação. Se não tivesse chovido agora, a perda teria sido grande, porque as folhas se entregariam sem completar o seu ciclo”, adverte.
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E cita que em questão de poucos dias outras culturas, como soja, milho, feijão, mandioca e batata-doce, demonstrarão no aspecto das lavouras o quanto a chuva foi fundamental. “O milho, vale advertir, já não recupera mais o estrago que a estiagem já causou, e que a gente calcula em cerca de 50% aqui em nossa propriedade”, refere.
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Weber frisa que uma das boas consequências da chuva, programada para se estender ainda nesta quarta, 15, é permitir que os produtores façam o plantio de algumas culturas, como soja e batata-doce, e outras na resteva do tabaco, o que era inviável nos últimos dias com a seca. “Se ficar nublado ao longo da semana, como prevê a meteorologia, melhor ainda”, ressalta. E comenta que a pastagem, em muitos potreiros, foi duramente afetada, e para que se recupere vai ser necessário chover bem mais nos próximos dias. O mesmo vale para açudes e reservatórios, alguns dos quais com os níveis muito baixos no meio rural.
O engenheiro agrônomo Assilo Martins Corrêa Júnior, chefe do Escritório da Emater/RS-Ascar em Santa Cruz do Sul, informa que as precipitações da madrugada de segunda para terça-feira e ao longo do dia nessa terça-feira variaram de 20 a 40 milímetros, conforme localidades do interior do município. Assilo diz que a chuva foi imprescindível para que os produtores possam agilizar o plantio da soja na região, bem como das culturas implantadas na resteva do tabaco, e até para que a semente possa brotar nas áreas já semeadas.
Além disso, ela afeta positivamente inúmeras atividades. O milho que se encontra em estágio final de florescimento ou de enchimento do grão igualmente é beneficiado. “Claro que o milho na região apresenta diferentes ciclos, e em alguns casos essa chuva até já chegou tarde”, comenta. No caso do feijão, o da safra normal já está sendo colhido. “Mas a chuva veio em boa hora, sem dúvida, e foi leve, sem causar danos. Devolveu o ânimo em todo o meio rural”, conclui.
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