A chuva que atingiu a região nessa quarta-feira, 2, caiu em uma ótima hora para agricultores do Vale do Rio Pardo, que precisavam das lavouras úmidas para fazer o transplante das mudas de tabaco. Com a trégua dessa quinta-feira, 3, o jeito foi correr para a área de plantio e aproveitar o tempo a favor, já que as plantas se desenvolveram mais rápido devido ao calor fora de época. Foi o que fizeram os fumicultores de Linha Andreas, interior de Vera Cruz, Josiane Inês Tavares e Anderson Wiesner.
O casal iniciou os trabalhos na terça-feira, torcendo para que a previsão climática se confirmasse. “Era um risco, a chuva poderia não vir”, comenta Josiane. Segundo o marido, em torno de 25% da produção está na lavoura. Como a terra estava muito molhada na quinta pela manhã, Wiesner e a mulher deixaram para retomar o transplante somente à tarde. A expectativa agora é finalizar o serviço, o que deve levar mais quatro dias. “Esperamos plantar tudo a partir de agora”, acrescenta.
Gerente técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Paulo Vicente Ogliari acredita que, depois da chuva, a maioria dos produtores vai intensificar o transplante. Apenas as regiões mais altas devem deixar para a metade do mês. “Tivemos uma chuva calma. Quem tinha a terra pronta aproveitou. Não tinha umidade nas lavouras para fazer o transplante, então os fumicultores esperavam muito pela chuva”, diz.
Publicidade
Conforme Ogliari, até sábado passado – data do último levantamento da Afubra –, em torno de 10% da produção já havia sido transplantada. A expectativa é de que nesta semana o volume dobre em razão da mudança do tempo. O gerente comenta que como não há mais previsão de frio intenso, como aconteceu na metade de julho, a tendência é que o clima favoreça a produção. “Mesmo aqueles dois dias de geada não chegaram a prejudicar o que estava na lavoura. Fumicultores relataram que algumas mudas nos canteiros queimaram, mas foi porque não haviam protegido corretamente.”
This website uses cookies.