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Chocolate com preço mais amargo na Páscoa

O período econômico conturbado pelo qual passa o País fez com que até os ovos de Páscoa encolhessem. Algumas indústrias estão reduzindo em cerca de 40% a média do tamanho dos produtos. Por outro lado, o reajuste do valor do quilo do chocolate ultrapassou os 16%. A estratégia, portanto, é oferecer ovos menores, de forma que o consumidor não deixe de comprar o tradicional presente de Páscoa. Nos supermercados, uma grande variedade dos produtos mais desejados da data já começou a aparecer, para atiçar a curiosidade das crianças e o bolso dos adultos.

Conforme o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, a procura dos consumidores será principalmente por itens menores e mais baratos. Pensando nisso, algumas marcas tiveram uma redução no tamanho dos ovos, com o intuito de manter a variedade do mix. “Haverá ovos para todos os bolsos e todos os gostos”, salientou. A ocorrência da Páscoa em março requer dos clientes planejamento e antecipação para garantir o produto desejado. O adiantamento, conforme Longo, impulsiona as vendas para os últimos dias antes da data, já que o calor dificulta o armazenamento.

A atenção do consumidor no controle do orçamento familiar, desde o ano passado, levou a Agas a projetar uma queda de mais de 7% na venda de ovos de chocolate em 2016. Com isso, os principais itens da cesta de Páscoa devem ser as barras e as caixas de bombons, para as quais são projetados crescimentos de 12,1% e 8,3%, respectivamente. Os dados foram obtidos por meio de pesquisa, com duração de dois meses, com cerca de 4 mil supermercados do Estado. A estimativa da Agas é de que, ao todo, os estabelecimentos gaúchos vão comercializar 8,5 milhões de ovos e 6,4 milhões de caixas. A redução é a primeira dos últimos 12 anos.

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A queda nas vendas não é esperada pelos Supermercados Miller, de Santa Cruz do Sul. De acordo com a analista de marketing da empresa, Elisa Trinks, a expectativa é de que o volume se mantenha como no ano anterior. Segundo ela, o crescimento é barrado pelo “período ruim da Páscoa neste ano” – final de mês – e preços mais altos. A alta nos valores se deve ao aumento do custo do cacau, do açúcar, do combustível e do dólar. Conforme Elisa, as apostas do Miller serão em variedade e qualidade dos itens. “Acreditamos que encontrar qualidade e variedade em um só lugar traz facilidade aos clientes”, disse.

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