A China continua se armando mais rápido do que outros países, ao ponto de estar, em algumas áreas militares, “em quase paridade com o Ocidente”, segundo o relatório anual do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (International Institute for Strategic Studies – IISS), organização de pesquisa baseada em Londres. As informações são da Agência France-Presse.
“A superioridade tecnológica militar do Ocidente, considerada consolidada, é cada vez mais desafiada”, afirma John Chipman, diretor do IISS, na apresentação nesta segunda-feira, 13, em Londres, do relatório anual da entidade, que faz referência ao equilíbrio das forças armadas no mundo.
Desde 2012, as despesas mundiais com a defesa não pararam de crescer, entre 5% e 6% ao ano. No entanto, globalmente, o nível caiu 0,4% em 2016, principalmente devido a uma redução no Oriente Médio, cuja economia tem sido prejudicada pela queda dos preços do petróleo.
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A China destinou em 2016 um orçamento de 145 bilhões de dólares para a defesa, mais de um terço dos gastos de todo o continente asiático. Muito longe dos Estados Unidos (US$ 604,5 bilhões), mas à frente da Rússia (com US$ 58,9 bilhões), Arábia Saudita (US$ 56,9) e Reino Unido (US$ 52,2).
Depois de criticar por muitos anos os programas armamentistas da antiga União Soviética ou da Rússia, a China “possui agora seus próprios canais de pesquisa, desenvolvimento e construção” de armas, aponta o IISS. Além disso, o país asiático, que também investe maciçamente em navios e submarinos, “começa a vender armas ao exterior”, afirma o diretor Chipman.
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