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Política

Cherini comemora convites de partidos, mas segue com futuro indefinido

Pouco mais de duas semanas após ser expulso do PDT, Giovani Cherini se mantém participativo na política. Continua viajando pelo Estado e conta com aliados e parceiros políticos em praticamente todas as regiões. Mas ainda está longe de definir o seu futuro partidário. No entanto, o deputado federal admite que não faltam convites das mais variadas siglas, desde as mais tradicionais até as legendas recentes e nanicas. Normal para quem fez mais de 110 mil votos nas eleições de 2014, sendo o mais votado de seu partido.

Direto de Brasília, Cherini participou do programa Giro Regional na manhã dessa quinta-feira, 16, e citou alguns partidos que lhe fizeram convite de filiação. “Tenho muita alegria ao perceber, nos corredores da Câmara, que a maioria dos partidos gostariam de contar comigo. Recebi convites do PMDB, PSDB, PSD, PTB, PR, PRB, PSC, PHS, entre outros. E já me telefonaram até mesmo de partidos que ainda não foram criados”, comentou o parlamentar, que, direto de Brasília, concedeu entrevista à Gazeta FM nesta quinta-feira, 16, no programa Giro Regional.

Apesar da felicidade com os convites, Cherini ainda demonstra mágoa com o PDT, partido onde construiu uma história de 28 anos de filiação. “O PDT me expulsou e teve uma pressa enorme para me expulsar, antes mesmo de eu declarar meu voto pelo impeachment. Ao todo, seis deputados federais e dois senadores do partido votaram a favor. Isso deveria significar a expulsão de todos. Mas infelizmente eles só expulsaram o gaúcho Giovani Cherini. Por que só eu?”, questiona, definindo a decisão da executiva nacional como “política” e afirmando que ainda está avaliando a possibilidade de entrar com recurso contra a deliberação partidária.

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Cherini definitivamente não se arrepende de seu voto naquele 17 de abril de 2016. Crítico ferrenho do PT desde os tempos de Assembleia Legislativa, o parlamentar acredita que Dilma Rousseff, presidente afastada, não tem mais condições de governar o país. “Não recuo nenhum milímetro na minha decisão. Se tivesse que votar mil vezes, votaria sempre pelo impeachment. Dilma utilizou o Bolsa Família politicamente para se eleger. Agirei da mesma forma se votarem a cassação do Eduardo Cunha. Não tenho rabo preso, posso agir com tranquilidade”, comenta.

Críticas ao PDT, apoio a Temer e “previsão” sobre Lula

Durante a entrevista, Cherini não poupou críticas ao comando do PDT. Ele considera um “suicídio político” a decisão do partido se colocar como oposição ao governo interino de Michel Temer, ao lado de PT, PCdoB, REDE e PSOL. Ainda, criticou o fato do partido, apesar da orientação oposicionista, seguir ocupando cargos de confiança no Planalto. Estima-se que cerca de 300 filiados pedetistas ainda estejam com CCs.

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O deputado também explica que seguirá apoiando Temer enquanto esse se propor a buscar alternativas para melhorar o país. E ainda fez uma previsão ousada sobre o futuro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O Lula vai ser preso até o fim do ano. O Sérgio Moro vai dar um jeito nele. Foi ele que criou a Dilma. Eles quebraram Correios, BNDES e esqueceram de governar o país. E quem escolheu o Temer, duas vezes, foram eles”, detona.

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