As conhecidas piranhas vermelhas, que foram percebidas nas águas dos rios da região, preocuparam os pescadores e ambientalistas. A percepção da presença, no entanto, tem diminuído, especialmente no último mês.
A explicação para isso tem sido a elevação dos níveis fluviais, em decorrência das fortes chuvas anotadas. Com mais água, o espaço ocupado fica maior e amplia também a quantidade de alimentos para as palometas. O secretário da Agricultura de Rio Pardo, Ramiro Pereira dos Reis, acredita que esse seja o principal motivo para a redução de ocorrências.
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Não há números oficiais, já que a apuração é feita com base nas notificações registradas pelos pescadores. “Com o rio muito cheio, esses profissionais não têm trabalhado e acabam não reportando novos casos”, acrescenta. Rio Pardo tem, em colônia de pesca, entre 70 e 80 pessoas que fazem dessa tarefa seu ganha-pão.
A expectativa de Reis é a iniciativa do Estado, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), de criar um mecanismo com a intenção de coibir a proliferação desses animais. A Prefeitura também aguarda o Ministério da Cidadania, que teria assumido a responsabilidade de criar um auxílio para os pescadores prejudicados pela presença das palometas.
Em General Câmara, o Município emitiu decreto de utilidade pública com a finalidade de apoiar os profissionais da pesca. Foram inscritas 52 famílias. Cada uma recebeu duas parcelas de R$ 500,00.
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“No período de pouca chuva, o rio estava baixo e chegou a criar lagoas, onde se percebia mais a concentração delas. Agora, com as chuvas fortes, o rio encheu e tivemos a redução de ocorrências”, aponta a diretora do Meio Ambiente, Tatiel Azevedo.
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