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Chegou o momento de adiantar os relógios

A polêmica foi grande, mas não tem jeito: o horário de verão permanece e entra em vigor no fim de semana em dez estados e no Distrito Federal. À meia-noite deste sábado, os relógios deverão ser adiantados em uma hora com o objetivo de reduzir a demanda máxima do sistema interligado nacional durante o horário de pico no consumo, das 19 horas às 22 horas.

Apesar de valer no Brasil de forma consecutiva há 28 anos, a medida ainda desagrada a alguns. A santa-cruzense Adélia Luiza Martim, 45 anos, detesta. Segundo ela, um dos principais fatores por não se sentir à vontade com o horário está relacionado ao organismo. “Tenho a sensação de estar sempre com sono. Para mim, aquela uma hora faz muita falta.”

Adélia também não sente a diferença na conta de luz. Inclusive, diz que gasta mais. “Sinto que no horário de verão eu fico mais agitada e demoro para dormir. Isso faz com que as lâmpadas permaneçam ligadas por mais tempo”, afirma.

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Adélia: cansaço com mudança | Foto: Lula Helfer

Confirmando a regra de que o horário de verão é amado por uns e odiado por outros, o safreiro Florindo dos Santos, 63 anos, diz que adora o período. Além de se sentir mais disposto, acredita que o dia rende mais. “Como está agora, você chega em casa depois do trabalho e o dia já está morto. Já com o horário de verão, é uma maravilha. Dá para fazer uma caminhada, estender o chimarrão, limpar o pátio”, diz.


Laurindo: dia mais produtivo | Foto: Lula Helfer

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A estimativa da RGE Sul durante todo o período de 127 dias é somar uma economia capaz de abastecer uma cidade como Ivoti por 33 dias. “O efeito provocado é o de não haver a coincidência de maior uso da energia com o consumo existente ao longo do dia pelo comércio e pela indústria”, explica o assessor de imprensa da RGE, Sérgio Stock.

Quase adiado

Uma polêmica envolveu o horário de verão em 2017. Em setembro, o Ministério de Minas e Energia cogitou não aplicar a medida, alegando que não resulta mais em economia e que não há relação direta com a redução de demanda. Por falta de tempo para consultar a população, o governo decidiu adiar a pesquisa para o próximo ano.

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Em 2016, de acordo com o ministério, o horário de verão durou 126 dias e gerou economia de R$ 159,5 milhões ao sistema, ao reduzir o acionamento de usinas termelétricas. O custo, entretanto, é considerado irrelevante para o setor. Segundo o secretário executivo do ministério, Paulo Pedrosa, para o governo a aplicação do horário de verão se aproxima da neutralidade.

Mas para a sociedade, o trânsito e a vida das pessoas, a impressão é de que a alteração traz mais benefícios. Os estados que adotam a medida são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mais o Distrito Federal. 

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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