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Chegando na colônia

No livro da Família Caspary, encontramos a tradução das memórias dos imigrantes Rudolf e Anna (Weise) Gressler, que chegaram na Colônia de Santa Cruz em 1852. Elas constam em carta que enviaram aos familiares que ficaram na Alemanha. Selecionamos um pequeno trecho, desde que desceram no porto de Rio Pardo até a fixação em Rio Pardinho. 

“Chegamos em Rio Pardo em 13 de novembro de 1852. Os oficiais do exército nos receberam muito bem e fomos convidados para um baile. Dançamos e tomamos vinho. 

No dia 19, os pertences dos imigrantes foram carregados em carretas de duas rodas. Nelas, estão atrelados oito bois. Junto a cada uma vão dois homens a cavalo, que tocam os bois com longas varas. 

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Para todos os passageiros foram necessárias 12 carretas, que estavam atreladas com 96 bois. Todos pertenciam a um só proprietário. 


Almoço era ao ar livre

A estrada até a colônia de Santa Cruz é muito ruim. Ao meio-dia, ocorreu parada a céu aberto, para a preparação da comida e descanso dos animais. Durante a viagem, pernoitamos duas vezes ao ar livre.

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No dia 21, chegamos cedo na colônia de Santa Cruz. Fomos recebidos no prédio que Kläudgen (agente da imigração) mencionou quando assinamos o contrato em Hamburgo. Mas são apenas choupanas de palmeiras. Como aqui ocorrem muitas tempestades com chuvas, não raramente fica-se molhado dentro delas. 

Ficamos aqui por quatro semanas. Em 12 de dezembro, sorteamos nossa colônia. Ela não é larga, mas tem meia milha de comprimento. A terra é muito bonita e fértil. Todas as espécies de grãos podem ser cultivados.

Tudo é muito caro. Carne de boi é o mais barato que se pode comer aqui. Mas tem boas perspectivas para os colonos. Todos possuem seu cavalo de montaria. Anualmente, a gente tem duas ou três safras de vários tipos de hortaliças.”

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