No momento em que a Varig volta aos noticiários, por conta da polêmica que envolve as indenizações de antigos funcionários, lembramos da estreita relação que a empresa manteve com Santa Cruz do Sul. Seu fundador, o alemão Otto Mayer, tinha amigos aqui e isso influenciou para que o município recebesse uma das suas primeiras linhas.
A Viação Aérea Rio-grandense, criada em 7 de maio de 1927, foi uma das principais empresas do setor no mundo. Em 1929, iniciou as linhas comerciais para algumas cidades do interior do Estado.
No início, os voos eram com hidroaviões. Na região, o pouso e a decolagem ocorriam na atual Praia dos Ingazeiros, no Rio Jacuí, em Rio Pardo. Com a aquisição de aeronaves com trem de pouso, foi possível baixar e decolar em campos, o que permitiu a ampliação do serviço.
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Em 16 de agosto de 1930, um avião da Varig sobrevoou Santa Cruz, soltando folhetos que anunciavam a instalação de um campo de pouso e decolagem na cidade. Ele ficava onde hoje é a Metalúrgica Mor, no Distrito Industrial.
O comerciante e tipógrafo Guilherme Kuhn recolheu um folheto e leu que a empresa queria também um representante em Santa Cruz. Ele fez contato e foi nomeado primeiro agente na cidade.
Guilherme Kuhn foi o primeiro agente | Foto: Arquivo de Luiz Kuhn
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Kuhn, dono de um bazar na Rua Júlio de Castilhos, vendia passagens, recebia e despachava mercadorias. Diariamente, telefonava para a Varig informando as condições do tempo, pois não havia voo por instrumentos.
A primeira linha regular semanal entre Porto Alegre, Santa Cruz e Santa Maria começou no dia 23 de fevereiro de 1931. Centenas de pessoas foram até o campo da aviação recepcionar o Junker F-13. Seus tripulantes foram aplaudidos como heróis.
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