A Chapecoense foi denunciada pela Procuradoria da Justiça Desportiva nesta terça-feira, 6, e pode perder até dez mandos de campo. A denúncia aconteceu por conta de uma confusão no empate sem gols contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, que causou a eliminação do time catarinense. O processo está previsto para julgamento no dia 12 de junho.
A Procuradoria da Justiça Desportiva denunciou o clube catarinense por não prevenir e reprimir desordens, invasão de campo e lançamento de objetos no gramado. Já os jogadores Victor Ramos e Reinaldo foram enquadrados por desrespeitarem a arbitragem. Os dois atletas podem pegar seis jogos de suspensão. Já o clube pode ser punido com multa de R$ 100,00 a R$ 100 mil e perda do mando de campo por até dez jogos.
O jogador do Cruzeiro, lateral Diogo Barbosa, jogou um copo de água no treinador da Chape, Vagner Mancini, e pode pegar seis jogos de suspensão por conduta contrária à ética e disciplina. A mesma pena pode ser aplicada ao treinador do Cruzeiro, Mano Menezes, que atrapalhou uma cobrança de lateral.
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Além deles, o Mancini, pode pegar três jogos de suspensão por invadir o campo, além de multa.Os diretores Rui Costa e João Carlos Maringá também podem pegar de 15 dias a 180 dias de suspensão por desrespeito ao árbitro e invasão de campo.
Confira o relato da súmula da partida na íntegra:
“Após o término da partida, o atleta nº 80, Victor Ramos Ferreira, da equipe da Chapecoense, veio na direção da equipe de arbitragem e de frente para mim e apontando o dedo por cima do escudo de proteção dos policiais, proferiu as seguintes palavras: “Você é um filho da p***, um safado!” Em virtude do tumulto ao redor da equipe de arbitragem e da confusão generalizada, o cartão vermelho não pôde ser mostrado no campo de jogo. Desta forma, a expulsão foi informada na comunicação de penalidades.
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Após o término da partida, o técnico da equipe da Chapecoense, Sr. Vagner Carmo Mancini, invadiu o campo de jogo e se dirigiu à equipe de arbitragem para questionar e protestar contra decisões tomadas em campo.
Logo após a chegada do policiamento, dois dirigentes da equipe da Chapecoense, identificados como Sr. Rui Costa e Sr. João Carlos, conhecido como “Maringá”, invadiram o campo, se dirigiram à equipe de arbitragem fazendo ameaças verbais. O primeiro disse: “Aqui é trabalho e nenhum vagabundo vai estragar isso, seu filho da p***.” O segundo proferiu as seguintes palavras: “Você vai se f**** seu filho da p***, você tem que se f****.”
Ao sair do campo, escoltados pela polícia, uma pedra foi arremessada da arquibancada onde se situava a torcida da Chapecoense, atravessou os escudos de proteção, atingindo o quarto árbitro, Sr. Evandro Tiago Bender, no rosto (supercílio e abaixo do olho) causando ferimento nas duas regiões. Este fato foi registrado no boletim de ocorrência com número de protocolo 2828191, feito no vestiário pelo policiamento local. O exame de corpo de delito será anexado assim que realizado.
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Cabe relatar que, ainda dentro de campo, e protegidos pela polícia, identificamos uma confusão generalizada na zona mista. Contudo, devido à nossa posição no campo, não foi possível identificar o que iniciou tal incidente e os infratores envolvidos”.
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