São várias as categorias presentes nos três poderes de estado que desfrutam de altíssimos salários, cuja razão de existir (do alto salário) se justifica pela natureza essencial, inadiável e intransferível das respectivas tarefas de estado.
Dentre essas categorias, destaco os auditores-fiscais da Receita Federal. Apesar dos seus altíssimos salários, sempre que contrariados em suas frequentes reivindicações funcionais, entram em “Operação Tartaruga”. Um procedimento-padrão que consiste na fiscalização mais lenta e com maior rigor nos processos de liberação de cargas internacionais. Um eufemismo. Ou seja, é chantagem corporativa!
Portos, aeroportos e alfândegas ficam abarrotados de mercadorias, comprometendo o sistema de armazenamento e a liberação de cargas e negócios internacionais. Aumentando as despesas dos destinatários, além da conta inicial.
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Tocante às importações, resulta que a “Operação Tartaruga” promove o desabastecimento popular. Não é crime promover desabastecimento? A diminuição da oferta de produtos não provoca aumento de preços e inflação?
Também restam prejudicadas as relações internacionais e as exportações, negócios comprometidos e pessoas desempregadas. Tudo impunemente e sem revolta social. E sem consequências punitivas funcionais, legais e judiciais.
Concomitantemente, mais de 700 servidores, até então ocupando funções gratificadas e de chefia, entregaram os cargos, comprometendo gravemente a continuidade da prestação dos serviços públicos.
Em “solidariedade” aos auditores, também o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e as Delegacias Regionais de Julgamento (DRJ), que tratam de contenciosos tributários, suspenderam suas sessões. O que resulta em prejuízos bilionários às contas públicas.
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Abusos corporativos não são fatos isolados. Repetem-se rotineiramente. Semana passada, por exemplo, fomos premiados com a noticia dos absurdos pagamentos milionários realizados pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Enquanto isso, os partidos políticos, a grande mídia e os tribunais superiores, principalmente, ora ocupados críticos dos negacionistas da pandemia, exercitam, diariamente e por omissão, seu próprio negacionismo ideológico, midiático e judicial.
Somos escravos das elites corporativas do estado brasileiro. Nada os detém na sua gula financeira. As denúncias, a política, as leis, as regras, os juramentos de posse, são apenas “joguinhos de aparência e meras formalidades”.
“Não dá nada”, afirmam, sem medo. Em qualquer âmbito federativo, entre tentativas frustradas e bem-sucedidas das corporações, tudo é regido pelo mantra: “se colar, colou!”
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