Qual o limite para as extravagâncias de Karl Lagerfeld? A pergunta parece ressoar ao fim de cada desfile da Chanel, em que o diretor criativo põe à prova cenários cada vez mais megalomaníacos. Desta vez, o estilista alemão recriou uma orla no Grand Palais, em Paris, com direito a ondas e areia de verdade.
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Antes disso, a passarela da grife já teve como pano de fundo uma floresta, uma cachoeira, um supermercado e até uma estação espacial – com direito a um foguete (literalmente) decolando no palácio francês na apresentação de outono/inverno 2017.
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Para esta coleção de primavera/verão 2019, Lagerfeld mirou no estilo de vida praiano, misturando elementos inspirados em uma viagem de verão – pense em chapéus de palha e estampa de guarda-sóis – a outros típicos da etiqueta, como os casaquetos de tweed e os vestidos de festa midi em preto e branco.
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Como se estivessem em um passeio despretensioso pela praia, as modelos entravam descalças na areia, depois subiam em um píer e calçavam chinelos transparentes. A paleta de cores era adocicada com toques cítricos, enquanto as modelagens apareciam levemente arredondadas e afastadas do corpo.
Em uma coleção mais leve e jovem que as anteriores, Karl Lagerfeld apresentou ainda a própria versão da bermuda de ciclista, que promete dominar as vitrines da próxima estação. De encher os olhos, os acessórios dividiam-se entre praianos, como as mini-bolsas e chinelos de palha, e os com inspiração vintage, caso das bolsas de matelassê usadas em duplas e dos cintos de corrente dourada com letras formando o nome da marca.
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Seguindo a fórmula que já provou ser um sucesso, o estilista escolhe não levantar bandeiras políticas e sociais em suas apresentações, oferecendo um clima escapista aos fashionistas no nono e último dia da semana de moda de Paris.
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