A Câmara analisa projeto de lei do vereador Bruno Faller que declara patrimônio histórico de Santa Cruz do Sul o reservatório de água e a chaminé da antiga Companhia Brasileira de Fumo em Folha (Souza Cruz). Eles ficam na primeira sede da empresa, no Centro.
A fábrica chegou em 1917. Dentre as construções iniciais, destacam-se a gigantesca chaminé de tijolos à vista, para exaustão da fornalha. Ao lado, está o reservatório de água. De ferro fundido, veio da Inglaterra, sede da British American Tobacco (BAT).
Durante anos, a torre foi uma referência: era o ponto mais alto da cidade e podia ser vista de qualquer lugar. O ex-chefe de manutenção da empresa, Armindo Thier, disse que já escalou a chaminé, de onde se tem visão privilegiada de Santa Cruz.
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Para chegar ao topo, há uma escada por dentro da torre. Depois, foi instalada outra por fora. Thier recorda que ela foi projetada por um engenheiro alemão (Otto Herman Menchen, possivelmente).
Além do reservatório de forma arredondada (ainda preservado), havia um quadrado (também importado e de ferro) e outro de alvenaria. Esses dois já foram demolidos. Todos eram interligados com a piscina que ficava de frente para a Rua Felipe Jacobus.
A torre expelia a fumaça gerada por queima de lenha, durante o aquecimento de quatro caldeiras. Elas produziam vapor para esterilização do fumo. Na sua base, fica a porta de acesso. Ali, não se pode chegar de chapéu, pois ele é sugado pela corrente de ar.
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Chaminé e reservatório foram eleitos pelo artista Hildo Paulo Müller para simbolizar o desenvolvimento industrial do município. Eles estão retratados no Monumento do Imigrante, na praça das ruas Marechal Floriano e Galvão Costa.
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