Chamado divino (II)

Semana passada, recuperamos um pouco da história da santa-cruzense Morena de Azevedo e Souza (Irmã Clara Maria), fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida. Ela era filha de Florinda e Vasco de Azevedo e Souza (conselheiro municipal).

Nascida em 1891, estudou no Colégio Distrital Júlio de Castilhos (onde hoje é a Secretaria do Planejamento). Com a morte do pai, em 1909, a família mudou-se para Porto Alegre. Lá, Morena seguiu sua vocação religiosa, dentro dos princípios de São Francisco de Assis.

Com a orientação espiritual de Frei Pacífico de Bellevaux, instalou e coordenou a primeira Fraternidade da Ordem Franciscana Secular para moças brasileiras. Em 1927, junto com quatro companheiras, criou a Escola-Pensionato Nª Sª do Brasil. O local acolhia moças do interior que desejavam estudar na Capital e atendia surdos, mudos, cegos e doentes.
A partir daí, Morena dedicou-se à fundação da Congregação, oficialmente instalada em 24 de junho de 1928 (no próximo mês, comemora 91 anos). Além de manter as etapas formativas para jovens que desejam seguir a vida religiosa, a congregação tem a Escola para Surdos Frei Pacífico, o Colégio Rainha do Brasil, a Escola Nª Sª do Brasil, o Hospital de Caridade Sant’Ana e o Residencial Bem Viver.

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Nos idos de 1900, ninguém poderia imaginar que a jovenzinha que percorria as ruas da vila para estudar no Colégio Elementar, e que frequentava as celebrações na Igreja Matriz, iria construir uma obra de tamanha magnitude. Ela está presente em quatro estados, na Guiné-Bissau e Bolívia e reúne 97 Irmãs. A sede é em Porto Alegre.

Irmã Clara foi uma mulher marcada pelo dom da espiritualidade, da sensibilidade cultural e social e sua vida esteve sempre a serviço das pessoas e classes mais necessitadas. Ela dirigiu a congregação de 1928 a meados de 1966, e faleceu em Porto Alegre em 1975.

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