O custo da cesta básica nacional em Santa Cruz do Sul teve variação positiva de 2,888% no período de 5 de maio a 3 de junho. Com isso, o valor passou de R$ 615,37 para R$ 633,15, com uma elevação de R$ 17,78, alcançando a maior cifra total desde o início do levantamento, em 2004. Dos 13 produtos avaliados pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), quatro apresentaram redução – açúcar, café, carne bovina e feijão preto – e nove tiveram elevação de preço.
As contribuições para a alta da cesta básica foram do tomate (de 3,545%), da banana (de 0,657%) e do leite tipo C (de 0,234%). Os produtos que ajudaram a frear o aumento foram a carne bovina (de -1,576%) e o feijão preto (de -0,336%). Com essa elevação de preços, a cesta básica apresenta aumento de 16,878% neste ano e 23,4% nos últimos 12 meses. Com esse custo, um trabalhador de Santa Cruz do Sul que recebeu no início deste mês um salário mínimo precisa trabalhar 114,929 horas para adquirir o conjunto de 13 itens, ou 3,23 horas a mais do que o necessário no mês de maio.
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A partir dos gastos com alimentação, é possível estimar o salário mínimo necessário para o atendimento das necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Seguindo a mesma metodologia utilizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor do salário mínimo em Santa Cruz para maio, pago no início de junho, deveria ter sido de R$ 5.279,22 para uma família composta por dois adultos e duas crianças.
A cesta básica nacional relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei nº 185 de 14 de janeiro de 1936 – da instituição do salário mínimo no Brasil.
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A medida estabelece que o salário mínimo é a remuneração devida ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
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