O cantor e compositor César Oliveira foi a primeira personalidade gaúcha a receber o título de Adido Cultural do Rio Grande do Sul, concedido pelo governo do Estado. Por meio do Decreto 54.943, de 2019, o Executivo homenageia cidadãos que, pela dedicação à cultura rio-grandense, contribuem para a consolidação e preservação da identidade cultural do Estado. O ato foi realizado nesta terça-feira, 7, no Palácio Piratini.
Ao ser agraciado com o título de adido cultural, Oliveira passa a ser um representante da cultura gaúcha, dentro e fora do Estado, ganhando legitimidade para atuar e mobilizar em prol da construção de políticas públicas que incentivem a cultura gaúcha.
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Nascido em 8 de dezembro de 1969, em Itaqui, Cesár Oliveira de Souza destacou o orgulho que sente por ser gaúcho e representar a cultura que tanto ama. “Agradeço ao governo do Estado pela sensibilidade de amparar nosso povo quando a questão é cultura. Nossas crises têm solução nas nossas raízes, na força do nosso povo”, exaltou. Filho e neto de artistas rio-grandenses, que desenvolveram as carreiras na “era de ouro das rádios” e programas de auditório, Oliveira tem trajetória cultural reconhecida por ser músico, compositor, empresário, administrador, gestor, ativista e articulador cultural.
A secretária da Cultura, Beatriz Araújo, explicou que César Oliveira é o primeiro de um grupo de pessoas que será selecionada para representar a cultura. “O título é um reconhecimento e, também, uma forma de ampliar a atuação da Secretaria da Cultura junto à sociedade”, reforçou.
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Oliveira iniciou a relação mais intensa com a cultura sul rio-grandense em São Gabriel, nos anos de 1980, ao participar das invernadas artísticas dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) Tarumã e Caiboaté, quando conviveu com o instrutor Reinaldo Dias e com o acordeonista Lídio Vieira dos Santos. Nos idos de 1990, por cinco anos, participou do musical do grupo folclórico Os Chimangos, fazendo diversas turnês pela Europa. Neste período, também fundou a Academia de Arte, Música e Dança Musicancha, em São Gabriel, onde atuou por seis anos.
Em carreira solo, gravou sete CDs e, em dupla com Rogério Melo, foram mais de 16 trabalhos e três DVDs, todos com sua direção artística e produção. Entre prêmios e indicações, destacam-se o Grammy Latino (2013), como Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras com “Era Assim Naquele tempo…!”, cinco indicações ao Prêmio da Música Brasileira, sendo premiado com Rogério Melo, em 2008, como Melhor Dupla Regional do Brasil. Também foi indicado ao Prêmio Açorianos, em 2004, como Compositor de Música Regional, em 2008, com o DVD do Ano com “O Campo – Ao Vivo” e, em 2011, com Disco de Música Regional com o CD “Rio-Grandenses”.
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