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Educação e cooperativismo

Centro Serra terá mais duas cooperativas escolares em 2019

Criado há mais de 20 anos, o Programa A União Faz a Vida (Pufv), ligado ao Sicredi chegou até a região Centro Serra no começo da década passada e, desde então, expandiu sua atuação entre os municípios. Há uma série de projetos e oficinas que foram e são desenvolvidas nas escolas municipais e estaduais. Um deles – e que está em plena expansão por aqui – é o cooperativismo escolar, a menina dos olhos do programa.

Em 2014, a criação da Cooperdickel, da Escola Municipal Jacob Dickel, de Arroio do Tigre, impulsionou a atuação das cooperativas escolares na região. O educandário de Coloninha se tornou exemplo a ser seguido e, desde então, outras quatro cooperativas escolares surgiram, sendo mais duas no Celeiro do Centro Serra (Coopervino e Unirech), uma em Sobradinho (Ceesa) e uma em Estrela Velha (Coopeev). E há mais duas prontinhas para sair do forno em 2019, no município de Lagoão.

A novidade foi revelada pela coordenadora regional do Programa A União Faz a Vida, Luci Fornari Abreu, e pelo professor Everaldo Marini, que presta consultoria para cooperativas escolares desde 2010. “Pela primeira vez teremos uma cooperativa numa escola estadual, que será em Lagoão. Será formada por alunos do ensino médio”, comentou Luci, durante visita a redação da Gazeta da Serra na tarde dessa quarta-feira, 31.

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As cooperativas devem funcionar na Escola Estadual Tomás Garcia da Costa e na Escola Municipal Otaviano Paixão Coelho, da localidade de Ronda Alta. Segundo Marini, cada uma deverá desenvolver o seu objeto de estudo, conforme as próprias necessidades, e também preparar seus alunos associados, que irão assumir cargos e responsabilidades nas diretorias e conselhos. Também irão desenvolver os princípios do cooperativismo.

O professor ressalta que o aprendizado dos alunos associados vai além da sala de aula em uma cooperativa escolar. “Eles aprendem a fazer várias coisas, como cálculos de custos, caixa, fazem atas, aprendem a falar em público”, explicou.

A história do cooperativismo escolar

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De acordo com Marini, não é de hoje que as escolas estão apostando na criação das cooperativas. “É um projeto que iniciou em Nova Petrópolis, mas há relatos que existem desde o começo do século 20”, salientou. Segundo ele, o “divisor de águas” ocorreu em 2010, quando escolas conheceram o trabalho desenvolvido nas cooperativas da cidade irmã Sunchalles, tida como a Capital Nacional do Cooperativismo na Argentina.

Se antes, o foco das cooperativas escolares era exclusivamente na venda de produtos, a partir deste momento passou a se pensar de maneira mais ampla, com uma nova metodologia. “Temos quatro pilares que norteiam este trabalho, como a liderança, a inclusão social, a formação para a educação financeira e o empreendedorismo”, explicou Marini. A partir daí, passou a se considerar viável a criação de cooperativas escolares.

Ainda, de acordo com o professor, elas também se sustentam em cinco pilares da educação para o século 21, como o aprender a ser, a conhecer, a fazer, a conviver e a empreender. Para Luci, estas ideias dialogam com os valores do Programa A União Faz a Vida, que decidiu abraçar a proposta das cooperativas escolares. “Nós seguimos por esse caminho, onde buscamos enxergar competências e habilidades dos alunos e, juntos, mostrar e indicar um outro jeito de viver em comunidade”, reforçou.

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Números

Conforme Everaldo Marini, mais de 170 cooperativas escolares estão em atividade no Brasil atualmente. Destas, 112 são do Rio Grande do Sul, que se destaca no setor. Outro dado interessante é que boa parte das lideranças das cooperativas, como presidente e vice, são do sexo feminino. Além do Brasil, também há muitas cooperativas escolares na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na Costa Rica

Os sete princípios do cooperativismo
1. Adesão livre e voluntária
2. Gestão democrática
3. Participação econômica
4. Autonomia e independência
5. Educação, formação e informação
6. Intercooperação
7. Interesse pela comunidade

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