O Centro Regional de Referência (CRR) em Transtorno do Espectro Autista (TEA) do Vale do Rio Pardo completou dois meses. Nesse período, a soma de usuários beneficiados e profissionais da rede de apoio supera os 500 atendimentos. O principal desafio foi identificar as necessidades e dificuldades de cada um dos participantes do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), capacitá-los e então avançar à etapa da discussão de casos.
Para atender à demanda, a equipe do CRR realizou mais de 20 reuniões, presenciais e virtuais, com profissionais de Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz. Não são apenas servidores públicos das áreas da saúde, educação e assistência social, mas também integrantes de associações que prestam assistência às pessoas com TEA e seus familiares.
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O propósito do CRR é o matriciamento, ou seja, capacitar os integrantes dessas redes em cada município para que possam identificar os casos, prestar atendimentos e lidar com as necessidades dos autistas e de suas famílias de forma resolutiva. Os casos considerados graves, severos ou refratários e que não apresentam evolução no âmbito local são atendidos pela equipe técnica do CRR, cujos membros são todos especialistas em TEA.
Em Santa Cruz, as equipes dos postos de saúde e das escolas já receberam a capacitação. Conforme a fonoaudióloga Fabiana Motta, uma das integrantes da equipe técnica, muitas pessoas que julgavam ter conhecimentos intermediários acabaram percebendo que, na verdade, sabiam pouco sobre o assunto. “O autismo é um tema novo. A cada dia surgem artigos novos, e nós precisamos estar sempre atualizados para saber o que está acontecendo”, destaca.
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Para a diretora-executiva do Cisvale, Léa Vargas, o ritmo de avanço do trabalho surpreende e está acima das metas estipuladas pelo governo do Estado no programa TEAcolhe. Em apenas dois meses, profissionais de vários municípios já estão matriciados e compartilhando casos com o CRR. “E ainda temos muita coisa para fazer, porque era uma área que não existia, havia essa lacuna”, afirma. Eles atuam ainda com capacitações de educação permanente.
Como funciona
Estrutura
A estrutura do Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro Autista está localizada junto ao Cisvale. Conta com sala de operações, sala de reuniões, um consultório multidisciplinar e uma sala de integração sensorial. Esta utiliza uma abordagem da terapia ocupacional e, por meio de diversos tipos de materiais, estimula a criança que tem alterações no perfil sensorial, como sons, odores e texturas.
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A equipe
A equipe técnica do CRR é formada pela diretora-executiva do Cisvale, Léa Vargas; a psicóloga e também coordenadora do departamento técnico, Janine Reis; a psicóloga Andressa Sehn; os médicos neuropediatras Bárbara Barbosa e Cristiano Freire e a fonoaudióloga Fabiana Motta. Uma terapeuta ocupacional deve ser contratada em breve.
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