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Santa Cruz do Sul

Centro de Atenção Psicossocial será instalado em nova sede

Muito em breve o Centro de Atenção Psicossocial (Caps II), de Santa Cruz do Sul, vai estar de casa nova. A mudança torna-se necessária porque o prédio onde o serviço funciona atualmente – nos fundos da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) – irá compor parte da estrutura destinada à implantação do Centro Integrado de Desenvolvimento Econômico. O imóvel foi repassado pela prefeitura à Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp) no final do ano passado.

Desde então, a preocupação de usuários, familiares, coordenação de saúde mental e equipe técnica, diante da dificuldade em encontrar um espaço que suprisse adequadamente todas as necessidades do serviço, gerou apreensão. Após uma maratona de visitas, cuja média era de dois imóveis por semana, e algumas tentativas desoladoras, como o caso de um proprietário que desistiu de locar um imóvel após saber que o mesmo seria utilizado para abrigar um serviço de saúde mental, a peregrinação teve fim.

Em meados de setembro, uma casa de dois pisos, situada na Rua Venâncio Aires, 307, deverá abrir as portas para dar continuidade a um serviço que há 19 anos é modelo de referência em saúde mental no município. Ao tomar conhecimento pela imprensa da necessidade de transferência da sede, os pastores da Igreja Evangélica colocaram uma casa da congregação à disposição da prefeitura.

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De um prédio com 400 metros quadrados, já considerado pequeno diante do crescimento da demanda nos últimos anos, o serviço passará para uma estrutura de dois pisos, com área total de dois mil metros quadrados, bem no centro da cidade, o que era uma exigência para facilitar o acesso dos usuários. O local dispõe também de ampla área externa para a realização de horta. jardinagem e atividades físicas, fundamentais na especificidade da saúde mental. “A aprovação do local foi unânime, por parte da equipe técnica, da associação dos usuários, familiares e da coordenação. O secretário de Saúde cumpriu com o combinado e em nenhum momento houve interferência do poder público na definição do espaço”, afirmou a coordenadora de Saúde Mental do município, Anelise Aprato.

Para o secretário da pasta, Henrique Hermany, a transferência do Caps II para uma sede que atende os anseios da equipe técnica e dos usuários significa um avanço no atendimento da saúde mental em Santa Cruz do Sul. “A preocupação era encontrar um espaço que não comprometesse a qualidade do serviço prestado. O empenho do grupo na busca deste novo local precisa ser reconhecido e o resultado desse esforço é que o Caps terá agora, não apenas uma estrutura condizente com a demanda existente, mas também com a projeção de aumento desses atendimentos mais adiante”, disse.

Assim que o contrato de aluguel for formalizado, algumas melhorias apontadas pela equipe técnica serão realizadas. Antes do serviço entrar em funcionamento estão previstas a troca de janelas e fechaduras, substituição de piso no primeiro andar, pintura e polimento de paredes, conserto do forro em algumas salas, colocação de redes de proteção em janelas e escadas, adequação de um banheiro com acessibilidade, instalação de corrimão nas escadas, limpeza de caixas d’água, janelas e calhas e outras adequações.

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Sobre o Caps

O Caps II é um serviço de referência em saúde mental para pessoas acima de 18 anos. Foi instituído em 1997 e os últimos registros contabilizam 10.231 prontuários/pacientes, sendo que a cada semana ingressam em média 25 novos usuários.

A nova estrutura deverá dar conta de uma média de 2,9 mil atendimentos mês. Nesse rol estão incluídas 14 oficinas terapêuticas, com média de 12 usuários cada, 500 consultas psiquiátricas, 1,2 mil atendimentos nas áreas de psicologia, serviço social, terapia ocupacional e enfermagem, além de 600 atendimentos em grupo, para pacientes não intensivos, semi-intensivos e intensivos. Além das atividades realizadas são oferecidas três refeições ao dia: café da manhã, almoço e lanche.

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A equipe de funcionários é composta por cinco psicólogos, um terapeuta ocupacional, um assistente social, uma enfermeira, três técnicos de enfermagem, um educador físico, um nutricionista, cinco psiquiatras, um motorista, um servente, um vigia, um auxiliar administrativo e 18 estagiários.

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