Além do ensino, pesquisa e extensão, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) se destaca com sua Central Analítica. O local realiza análises diversas – água, alimentos, efluentes industriais e domésticos, fertilizantes e corretivos, peixes e vegetais. E o responsável pelo maior fluxo de trabalho no local é o laboratório de análise de solos. Para dar conta do volume, a equipe é composta por 34 funcionários, em média.
Conforme o coordenador da Central Analítica, Paulo Theisen, o laboratório de análise de solos recebe amostras de solo encaminhadas de todas as regiões do país, com destaque para os estados localizados no Cerrado, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O volume de trabalho chama a atenção não só quando se olha os números, mas também ao percorrer o corredor principal do bloco 11 da universidade, onde uma infinidade de caixas e pacotes catalogados acumula-se enquanto aguarda a análise e posterior destinação.
Em 2019 o número de análises realizadas superou dois milhões, o que deve ser superado neste ano, mesmo com as restrições impostas pela pandemia. Tal quantidade só é alcançada em razão da automação dos processos, garantindo muito mais agilidade em comparação com outros locais que realizam as tarefas manualmente. “Isso é o que faz com que tenhamos essa capacidade produtiva muito maior. No Sul do país somos um dos três laboratórios que possuem essa tecnologia”, ressalta Theisen. “De uma forma modesta nós nos autointitulamos, digamos assim, um dos laboratórios mais automatizados do país. E seguramente também está entre os cinco maiores.”
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O coordenador conta que frequentemente recebe questionamentos sobre o recebimento dessas amostras oriundas de Estados que ficam do outro lado do Brasil, no sentido de valer a pena ou não para quem contrata os serviços da Central Analítica, considerando todo o fator logístico. “Temos uma questão de competitividade nos valores e também na velocidade de entrega dos resultados”, salienta. Com isso, a operação torna-se não apenas viável como também vantajosa. O local ainda integra o programa interlaboratorial de controle de qualidade da Embrapa Solos, sendo certificado desde 2016 pela excelência dos serviços prestados.
Análise do solo é vital para a agricultura
Em uma analogia para exemplificar a importância da análise de solos, Paulo Theisen compara a terra com o corpo humano. “A finalidade é literalmente conhecer quais são as características do seu solo. Da mesma forma que o ser humano vai ao médico e faz exames para verificar a composição do sangue, se existe anemia, se o colesterol está alto ou há excesso de açúcar, no solo é a mesma coisa.” A análise mostra as características da terra e quais são os nutrientes necessários para que ela se torne própria para a cultura pretendida.
De posse dos resultados, os engenheiros agrônomos e técnicos em agronomia conseguem determinar quais as carências e quais tipos de fertilizantes devem ser utilizados. “É objetivando sempre a máxima produtividade, ou seja, para que você não deixe de colocar e tenha prejuízo por falta de nutrientes no solo e a planta, consequentemente, não responda bem”, destaca. O cenário oposto também pode ocorrer, com a aplicação de nutrientes desnecessários e que não contribuem com os objetivos, podendo até mesmo atrapalhar.
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Vale acrescentar que cada cultura exige um tipo específico de solo, ressaltando a importância de conhecer a terra que se pretende cultivar. O contato com a Central Analítica pode ser feito pelo telefone (51) 3717 7500.
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