Passado um mês desde o início das atividades do Censo 2022, os profissionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já ouviram mais de 130 mil pessoas em 14 municípios do Vale do Rio Pardo que estão sob responsabilidade do escritório de Santa Cruz do Sul. Apesar do avanço significativo, o coordenador Luiz Eduardo Braga ressalta que a principal dificuldade é o número insuficiente de trabalhadores. Para tentar sanar o problema, o órgão segue com processos seletivos abertos para contratar recenseadores. Venâncio Aires é onde há maior disponibilidade de vagas.
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Na avaliação de Braga, o trabalho realizado até o momento é “gigantesco”, e se trata de um desafio diário para toda a equipe envolvida, desde os gestores até os recenseadores em todos os níveis. Segundo ele, no início o avanço foi mais lento devido à inexperiência dos novos contratados, que precisavam de supervisão para realizar as entrevistas e também inserir os dados no sistema e cadastrar os domicílios no georreferenciamento, entre outras demandas. “Em nível estadual, podemos dizer que estamos muito satisfeitos com os resultados aqui da região de Santa Cruz”, enfatiza.
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Uma das maiores dificuldades em todo o País, segundo o coordenador, é completar os quadros. No primeiro processo seletivo, conduzido por uma empresa terceirizada, somente 60% das vagas foram preenchidas. Desde então, o IBGE realizou quatro processos complementares em busca de novas pessoas. Nessa sexta-feira foi divulgado o resultado da quarta seleção. Em Santa Cruz do Sul, dois treinamentos já foram e todos os participantes foram chamados. “Com isso, esperamos dar um ritmo bem mais intenso”, completa.
Apesar de todo esse esforço, ainda falta pessoal. O IBGE já solicitou ao Ministério da Economia a autorização para abrir uma quinta rodada de contratações. Braga salienta que os municípios onde há maior necessidade são Rio Pardo e Venâncio Aires. Na Capital do Chimarrão, a oferta será de cerca de 30 vagas. Mesmo assim, o Censo avança.
“Devido ao esforço das nossas equipes, o ritmo é muito bom mesmo nesses locais onde há um número menor de pessoas trabalhando”, afirma. Na área de abrangência do escritório de Santa Cruz, cerca de 35% dos domicílios previstos já foram recenseados.
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insuficiente, o IBGE enfrenta ainda outros transtornos para prosseguir com a coleta dos dados para o Censo 2022. Os recenseadores relatam dificuldades para encontrar os moradores nas residências, sobretudo durante o dia. Braga pede a colaboração da população não apenas enquanto cidadãos, tendo em vista que os indicadores são utilizados para diversas políticas públicas e programas governamentais, mas também para possibilitar que o profissional finalize as demandas e possa receber os valores devidos.
Um dos responsáveis por entrevistar os moradores das redondezas das ruas Thomaz Flores e Gaspar Silveira Martins, Paulo Roberto Kohmann da Silva, de 58 anos, é estreante na função e conta que a comunidade tem sido receptiva e cordial. Assim, apesar de muitas vezes ser difícil encontrar os moradores nos domicílios, o trabalho avança de maneira tranquila. Relato semelhante é feito por Laudenir Alves, que atua no Bairro Arroio Grande. “Trabalho perto da minha casa, então a vizinhança já me conhece”, conta. Quando não consegue as entrevistas durante a semana, ele volta aos sábados e aos domingos, dias em que menos pessoas estão trabalhando.
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Outro ponto importante diz respeito à segurança dos dados fornecidos. A coordenadora censitária de subáreas do escritório do IBGE de Santa Cruz, Volmaira Zimmerman, explica que nenhum dos envolvidos na coleta tem acesso às informações após a conclusão da entrevista. Os dados são cadastrados diretamente em um sistema e só o instituto pode consultá-los. Portanto, não é preciso ter receio no momento de repassá-los ao recenseador.
Uma das exigências que mais causam desconforto é a faixa de renda. Nesse caso, se a entrevista é presencial, o cidadão pode digitar o valor diretamente na tela do aparelho, sem que o recenseador possa ver.
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