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Cemai terá reforço médico para atender à alta demanda

A secretária de Saúde de Santa Cruz, Daniela Dumke, confirmou nessa terça-feira, 28, à Gazeta do Sul que o Centro Materno Infantil (Cemai) passará a contar com reforço na equipe de médicos em horário de pico de atendimentos. A medida será implantada ainda esta semana em razão de um aumento brusco no fluxo de pacientes no local nos últimos meses.

O efetivo regular do Cemai, que funciona 24 horas, é de dois médicos pediatras. A ideia é contar com um terceiro profissional das 17 horas às 23 horas, intervalo de maior movimento. Com o arrefecimento da pandemia e a reabertura das escolas, a procura pelo serviço disparou. Ao longo do mês de julho, 2.639 atendimentos foram realizados. Já em setembro, até a última segunda-feira, foram 3.888 – uma média de 144 por dia.

Desde a semana passada, vereadores de oposição vêm apresentando, na Câmara, relatos de pessoas que alegam ter enfrentado longas esperas. Conforme Daniela, os relatórios de auditoria de atendimentos (que indicam os horários em que cada paciente chegou, passou pela triagem, foi atendido e deixou o local) não indicam situações fora da normalidade, ainda que o tempo de espera hoje seja maior do que o de há alguns meses, quando a demanda era muito inferior e praticamente não havia fila.

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“Posso garantir que ninguém esperou quatro horas para ser atendido no Cemai, como chegou a ser dito. Na segunda-feira, por exemplo, quando ficamos sem um médico por duas horas, o máximo que um paciente esperou foi 1h40 e era um caso de baixa complexidade”, alegou a secretária de Saúde. Segundo ela, os únicos casos de permanência por períodos mais longos nesse local envolvem pacientes que foram encaminhados para a sala de observação.

Os médicos que trabalham no Cemai são escalados por uma empresa terceirizada. De acordo com Daniela, as situações de falta de profissionais são pontuais e, devido à dificuldade para contratar pediatras, essas lacunas têm sido preenchidas com clínicos gerais. Também há casos de profissionais afastados por Covid-19.

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A secretária lembrou ainda que, quando os pacientes chegam ao Cemai, passam por uma classificação de risco e quadros mais graves têm prioridade. Isso pode fazer com que uma pessoa que já esteja na fila tenha de esperar mais, porque outra chegou em condição mais delicada. “O serviço tem uma vazão a ser seguida. Ninguém deveria esperar, mas não conseguimos ir além da nossa capacidade”, alegou.

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