Na cena cultural da região, o canto coral sempre teve papel relevante, desde os primórdios da colonização alemã. E um personagem se destaca junto a esse ambiente, como referência incondicional para vários grupos: o solista e regente Celso Pedro Sehnem. Aos 58 anos, e atualmente com dedicação exclusiva à música, segue responsável direto pelas atividades desenvolvidas por diversas entidades.
Ele faz questão de salientar que sua família, desde sempre, foi a grande incentivadora para que o gosto pela música viesse à tona. Seus pais, Aloysio e Therezia, já falecidos, eram de Dona Josefa, no interior de Vera Cruz. Fixaram-se em Linha Santa Cruz quando o pai recebeu convite para auxiliar na escola agrícola ali criada.
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Na época, já tinham quatro filhos, e outros sete viriam, entre eles Celso, que foi o nono, em 23 de janeiro de 1965. Diz ter a lembrança de seus irmãos se reunirem ao fim da tarde para, em casa próximo à escola agrícola, com o mano Flávio ao violão, cantarem músicas caipiras, em voga na época. Ele, com 4 ou 5 anos, insistia em participar, mas o impediam. “Eu ficava frustrado, porque queria muito cantar junto. E reagia dizendo: pois eu ainda vou cantar!”
Iniciou seus estudos na localidade. Depois, quando tinha 10 anos, a família se mudou para Boa Vista, onde o pai assumiu vaga de professor. Aos 13 transferiu-se para o Seminário de Arroio do Meio, e ali efetivamente passou a cantar no coral. De volta a Santa Cruz, serviu o quartel e alternou alguns empregos, incluindo temporada na fumageira R.J. Reynolds (depois Philip Morris) e mais tarde nos Correios, onde ficou por 15 anos. Em paralelo, jamais deixava de lado o canto coral. Seguiu determinado a ampliar sua formação: estudou teoria musical na Escola de Música Evidências, teve aulas de técnica vocal com a soprano Marga Alvarez e fez curso de regência e técnica vocal pela Federação de Coros do Rio Grande do Sul (Fecors), em Nova Petrópolis.
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Desde 1991 começou a cantar, como baixo, no Coral Municipal de Vera Cruz, e mais tarde virou solista e técnico vocal; ficou vinculado a ele até 2006. Da mesma forma, desde 2000 era solista e técnico vocal do Coral Municipal Adulto de Vale do Sol, do qual foi regente entre 2005 e 2021. Em 2000 ainda se tornou regente do Coral de Vozes Anchieta, em Vera Cruz; e de 2002 a 2004 regeu o Coral do Colégio São Luís.
Em 2005, foi coordenador do Coral do Projeto Crescer Sempre, do Instituto Humanitas; e desse mesmo ano até 2008 regeu o Coral Municipal Adulto e Infantojuvenil de Santa Cruz. Ainda em 2008, assumiu como regente do Coral Municipal Infantojuvenil de Vale do Sol, ficando com ele até 2021. Foi ainda coordenador dos grupos de canto das comunidades São José e Santo Inácio, regente do coral da Maturidade Ativa do Sesc, e de outras entidades e instituições, inclusive em projetos assistenciais para crianças e adolescentes.
Se ele desenvolveu um dom que lhe foi despertado em família, ocorreu o mesmo com seu filho Gustavo Sehnem, hoje com 31 anos. Este não apenas herdou o gosto pela música, sendo exímio tecladista junto a vários grupos em Santa Cruz, como já o sucede na regência do Coral de Vale do Sol. Ainda em 2004 Celso gravou seu primeiro CD, Sonhos em Melodia, com canções em alemão, italiano e português. Participou ainda de gravações de CDs e DVDs de vários corais, e recebeu premiações e honrarias. Também canta em cerimônias de casamento há mais de 35 anos, e se apresenta em eventos sociais há 30 anos. Em 2004, quando se desligou dos Correios, passou a viver exclusivamente da música.
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Ao lado de sua companheira, Mara, hoje mantém rotina semanal de dedicação aos ensaios junto aos grupos aos quais está vinculado como regente: o Coral do Centro Cultural 25 de Julho, o Coral da AABB, os corais adulto e infantojuvenil da Comunidade Santo Inácio, o Coral Vozes do Anchieta, de Vera Cruz (o mais antigo de todos nos quais atuou), e, desde o ano passado, o Coral Misto da IECLB, também de Vera Cruz.
Cinco músicas referenciais para Celso:
- Amigos para Sempre (Jayne; ver. de Friends for Life)
- My Way (Frank Sinatra)
- Vem Mãe Maria (autoria sua)
- Como é Grande o Meu Amor por Você (R. Carlos)
- Butterfly (D. Gérard)
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