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Celebrações em Santa Cruz mantêm tradição do Dia do Colono e do Motorista

Na 36a edição da Festa do Colono e Motorista, veículos cumpriram roteiro por diversas ruas e foram abençoados na rótula do 2001

Quem estava nas proximidades da região central de Santa Cruz do Sul na tarde de sábado, 27, certamente ouviu o buzinaço nas ruas. Por volta das 16h45, uma carreata reuniu centenas de carros, motos, caminhões e ônibus, marcando a 36ª Festa do Colono e Motorista da Paróquia Ressurreição. Antes, às 15h30, uma missa foi realizada na igreja, que tem sede no Bairro Universitário. Na sequência, um altar com a imagem de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, foi acoplado na parte dianteira de um dos novos ônibus da Viação União Santa Cruz, veículo que conduziu a carreata.

Com a chegada dos líderes religiosos na saída da igreja, a carreata teve início e passou pelas ruas São José, Senador Pinheiro Machado, Venâncio Aires, Júlio de Castilhos, Thomaz Flores e Coronel Oscar Jost, chegando até o ponto final, na rótula do 2001, onde o padre Giovane Gonçalves abençoou os veículos do alto de um guindaste. “A carreata é um momento muito emocionante, principalmente a bênção, porque os motoristas precisam ter a religiosidade ao lado do trabalho que desempenham, pelo progresso do Brasil”, comentou a presidente da comunidade da Paróquia Ressurreição, Clarissa Weigel.

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Após a carreata, os fiéis se dirigiram novamente à sede da Paróquia Ressurreição, onde ocorreu o tradicional jantar, com churrasco e saladas. Cerca de 700 refeições foram vendidas. O evento foi encerrado já ao final de sábado com um baile animado pela banda Magia.

Padre Giovane vive experiência pela primeira vez

Padre mais jovem da Diocese de Santa Cruz do Sul, Giovane Gonçalves, de 29 anos, experimentou pela primeira vez a emoção de abençoar colonos e motoristas do alto de um guindaste. Após ser equipado, ele subiu em uma cabine erguida a cerca de 15 metros do solo para dar início ao ato de fé. A ação já é tradicional e muito aguardada por moradores das proximidades da rótula do 2001. Mesmo sem participar da carreata nos veículos, eles levam cadeiras e chimarrão para assistir à bênção e observar o padre que fica nas alturas jogando água benta nos carros, motocicletas, caminhões e ônibus.

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Contudo, para Giovane, que é natural de Ilópolis, morou a maior parte da vida em Putinga e chegou à Paróquia Ressurreição em fevereiro, após uma passagem pela Paróquia Santa Bárbara, de Encruzilhada do Sul, o modo de abençoar é inusitado. Ele admitiu uma certa adrenalina, nada que o abalasse de seguir com o ato simbólico. “É a minha primeira vez assim. É algo diferente, para o motorista que recebe a bênção vinda do céu, e para mim, que posso observar tudo do alto. O importante é que a gente pode distribuir para todos as bênçãos e graças de Deus”, disse à Gazeta do Sul.

Segundo Giovane, além de toda a festividade lembrar dos colonos e motoristas, duas classes que têm grande importância no cotidiano de todos, o evento marca um momento de união da comunidade. “Por isso, celebrar São Cristóvão, o colono e o motorista, é celebrar também a fé dessas pessoas e a proteção de Deus que também ajuda a todos”, complementou o padre da Paróquia Ressurreição.

Padre Giovane Gonçalves se equipou para subir na cabine e ser erguido pelo guindaste | Foto: Rafaelly Machado
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Cerro Alegre Baixo promove integração com desfile e festa

Eram 11 horas quando o som das buzinas começou a ecoar repetidamente nas proximidades da comunidade Santos Mártires, em Cerro Alegre Baixo, na manhã desse domingo, 28. Em carros, tratores e caminhões, mais de 80 motoristas desfilaram em homenagem ao 25 de Julho e movimentaram as imediações da paróquia e do salão comunitário.

Iniciada com missa, a programação estendeu-se durante todo o dia com almoço, casamento caipira apresentado dos alunos da Escola Municipal Vidal de Negreiros, e apresentação da dupla Lito e Valdeci e dos Amigos do Baile. No encerramento, baile com a banda Magia Musical.

Homenagem a colonos e motoristas: público lotou as imediações da comunidade no domingo para acompanhar a passagem dos veículos | Foto: Rafaelly Machado
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Na abertura do desfile, a banda da escola Vidal de Negreiros fez uma rápida apresentação e seguiu acompanhando, com som de fundo, a passagem dos veículos. Os primeiros a ingressarem na via, que ficou lotada pelo público nas duas laterais, foram um tobata e um trator pertencentes ao agricultor Joel Dores, de 45 anos, morador da localidade. Ele e a esposa Sílvia, de 41, são produtores de tabaco e de leite e costumam participar de todas as edições do desfile.

O casal seguia no trator logo atrás da filha Júlia, de 19 anos, que conduzia o tobata com mais três tripulantes: a sua cachorra de estimação Lili, de 1 ano; a amiga Bianca Endres, 28, e a filha dela, Lavínia Queiroz, de 1 ano e 3 meses. Bianca e Lavínia vieram de Passo da Mangueira, localidade próxima, assim como diversos outros participantes.

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Carregando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, Sílvia aproveitou a bênção aos motoristas, dada pelo padre Fabrício Niederle, para também abençoar a santa e, assim, proteger sua casa.

A família Dores, de Cerro Alegre Baixo, abriu o desfile com um tobata e um trator | Foto: Rafaelly Machado

O presidente da Santos Mártires, Rudimar Paulo Lopes, considerou que, apesar da instabilidade e da previsão inicial de chuva, em torno de 500 pessoas participaram do almoço. Também ressaltou que o desfile, bem como as demais atrações programadas, visam promover a integração da comunidade e atrair, anualmente, um público cada vez mais expressivo.

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Narração

Enquanto os motoristas seguiam o trajeto, uma narração animada, destacando as particularidades de cada veículo ou a atividade por eles desempenhada, era feita pelo representante comercial André Lopes. Hábito, segundo revelou, mantido há mais de 20 anos, desde que os desfiles da comunidade iniciaram como forma de homenagear colonos e motoristas.

André Lopes (à esquerda) narrou a passagem dos motoristas, que também recebiam a bênção | Foto: Rafaelly Machado

Desafio diário

Os motoristas Antônio e Rodrigo Konzen, de 60 e 30 anos, respectivamente, também participaram do desfile. Pai e filho, seguiam em seus caminhões e consideraram a atividade como uma justa homenagem àqueles que, assim como eles, se dedicam ao trabalho na estrada. Com 24 anos de experiência no volante, desde 2021 Antônio conta com a ajuda do filho para transportar tabaco para fumageiras em Santa Cruz do Sul, Vale do Sol e Passo do Sobrado. Até esse mesmo ano, Antônio conciliava o volante com o trabalho na agricultura. Os dois dizem que pretendem seguir trabalhando juntos e que estar na estrada é um desafio diário.

Pai e filho, Antônio e Rodrigo Konzen representaram os profissionais da estrada | Foto: Rafaelly Machado

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