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Contra Ponto

Cegados pelo retrovisor

Há consenso de que o brasileiro “adora” o estatismo, fruto, possivelmente, da cultura secular do assistencialismo e do “coitadismo”, pragas retóricas adotadas por oportunistas e demagogos, ainda que alguns de boa-fé, mas não menos ignorantes.

O povo brasileiro (pobres, principalmente, ainda que não saibam) paga um preço imenso para manter esses núcleos de competitividade, produtos, preços e serviços de má qualidade e ineficácia.

Isto sem falar que são feudo$ privilegiados e de notória e desavergonhada utilização e exploração político-partidária. E de corrupção, nem precisamos falar.

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Consequentemente, não é à-toa que o brasileiro de classe média  é  um sujeito espoliado e escravizado pelo sistema tributário-legislativo estatal e impedido de reunir uma poupança, que tanta falta faz à economia nacional.

Ainda há dúvidas sobre a não qualidade e eficácia da intervenção estatal na economia e nas relações sociais? E sobre o fartamente demonstrado custo social (às vezes, desastroso) dessa ação?

Infelizmente, fruto da ignorância em teoria social e econômica, além do ilusionismo político-ideológico, a defesa da intervenção estatal é uma fantasia onerosa e inconsequente. Que decorre da suposição de que, na ação estatizante, a conversão de uma atividade privada permitiria ganhos individuais de bem-estar social. 

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É um erro grave porque parte de uma premissa equivocada: escolhas e decisões públicas são escolhas e decisões pessoais. Não há uma qualificação e afirmação social pela simples soma de preferências individuais. 

Portanto, a intervenção estatal soma(tiza) todos aqueles custos  típicos da iniciativa privada – mobilização de capital financeiro e material e projetos e administração em geral, mais as despesas do “lobby” e da corrupção. 

Ainda há dúvidas de que a corrupção e o desperdício são inerentes ao Estado e aos processos de (inter)mediação? E que a isso são agregados os custos adicionais determinados pela burocracia, incompetência e arbitrariedades? 

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Outro erro é supor que a extinção ou redução do lucro do (sempre demonizado) empreendedor privado, por exemplo, possa ser convertido em economia popular e redução geral de custos orçamentários, a partir da estatização em detrimento da ação privada.  

Objetivamente, é inadiável “limpar a área” e concentrar esforços pessoais e dinheiro público naquilo que realmente a população mais precisa e reclama: educação, saúde e segurança!

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