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SANTA CRUZ DO SUL

CC exonerado questiona a atuação de agente da Guarda Municipal

Gabriel Kwiatkowski mostra o controle do GPS dos veículos envolvidos, que seria a prova de que não houve perseguição ao carro | Foto: Marcio Souza

Skatista profissional e cargo comissionado do Departamento de Esportes da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Gabriel Kwiatkowski Júnior, de 36 anos, viu seu nome envolvido em uma ocorrência policial no início do último sábado, 24. O assunto gerou polêmica, porque o registro do boletim de ocorrências dá a entender que o agora ex-CC estaria com drogas dentro do Ginásio Poliesportivo Prefeito Arno João Frantz (Arnão), com carro do poder público municipal, após perseguição da Guarda Municipal.

Nessa quinta-feira, 29, munido de documentos, ele procurou a Gazeta do Sul para relatar o que teria acontecido naquela noite. Ressaltou que não portava a maconha que foi relatada no documento policial, e que busca justamente desvincular a drogadição do mundo do skate, o que, diz, é um estereótipo.

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Conforme Gabriel, na sexta-feira, 23, ele e a equipe do Departamento de Esportes trabalharam no Campo do Esmeralda, em área ao lado do ginásio do bairro. “Como a entrega era no dia seguinte, tínhamos que finalizar o campo. Eu e um colega fomos até a madrugada. Tinha tinta por todo o corpo”, recorda. Ao terminar o trabalho, dirigiram-se até o Arnão para deixar parte do material que estavam usando e foram com o carro da Prefeitura ao Palacinho para entregar o restante dos objetos e deixar o veículo estacionado. “Ele ficou estacionado e não saiu mais de lá”, afirma.

Gabriel conta que não estava dirigindo o veículo público. Afirma que conduzia o carro próprio e o colega, o da Prefeitura. “Tanto é que no boletim de ocorrências aparecem duas placas: a do meu carro e o da Prefeitura. Não tenho como dirigir dois carros ao mesmo tempo”, ressaltou.

Depois de deixar o automóvel no estacionamento do Palacinho, Gabriel conta que seu colega foi para casa e ele retornou ao Arnão para pegar seus pertences, porque lá é onde fica o seu local de trabalho, e apagar as luzes, que teriam ficado ligadas. “No retorno ao Poliesportivo, encontrei um amigo e mais duas amigas dele; eles foram comigo ao ginásio e a gente fez alguns arremessos na quadra – tenho bola de basquete no carro”, explica.

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Enquanto estavam fazendo os arremessos, a Guarda Municipal chegou. Gabriel relata que tentou conversar com os agentes, reforçando que trabalha no local, e assumiu o erro de não ter comunicado a eles a sua presença naquele horário.

Na noite, arremessos de bola no Arnão | Foto: Arquivo Pessoal

Ao fazer a revista, afirma Gabriel, os integrantes da Guarda encontraram cinco gramas de maconha no bolso do seu amigo. “Como vou adivinhar o que tem no bolso das pessoas?”, questionou. Os guardas teriam afirmado a necessidade de levar o rapaz à polícia para o registro. Gabriel teria ficado livre, por não estar com a droga.

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No registro da ocorrência, porém, teria sido dado a entender que estava com o carro da Prefeitura, que teria ocorrido uma perseguição e eles estavam embriagados, além da droga. “O nome do rapaz nem foi citado. Então, foi totalmente maldosa a forma como foi feito o relato do fato”, acrescentou. Ele questiona a falta de coerência, porque se estivesse fugindo, tanto o Palacinho quanto o Arnão não deveriam ser opções, porque ambos têm guardas.

Entre os documentos apresentados por Gabriel estão os que mostram o GPS do veículo citado no registro de ocorrência. A pesquisa feita entre 22 horas de sexta-feira e 5 horas de sábado mostra que o automóvel saiu do Esmeralda, passou pelo Arnão e teve como destino final o Palacinho. Além disso, o material mostra a velocidade máxima do veículo, que foi 44 quilômetros por hora. No mesmo período, a viatura da Guarda Municipal, conforme sistema de GPS, teria apurado velocidade média de 75 quilômetros por hora, o que inviabilizaria a perseguição, ressalta Gabriel.

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Conforme o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), houve uma tentativa de abordagem aos envolvidos, que estariam em dois carros, sendo um deles o Celta da Prefeitura. O grupo teria fugido ao perceber que seria abordado. A situação teria sido encerrada no Arnão, onde estavam o CC, seu amigo e as duas mulheres.

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Gabriel adianta que o agente que fez o registro será acionado por acusação fraudulenta. “Todas as pessoas que pudermos identificar divulgando como uma verdade esse fato também serão acionadas judicialmente”, acrescentou. Ele reforçou o seu respeito pela Guarda Municipal e disse crer que a sociedade precisa do trabalho da corporação. No entanto, entende que há pessoas que prejudicam o órgão.

Veja abaixo na íntegra a nota do escritório que atua na defesa de Gabriel

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