Um dos acidentes mais devastadores da história recente do Vale do Rio Pardo chega ao seu momento final, após dez anos. O tenente-coronel da Brigada Militar Afonso Amaro do Amaral Portella foi condenado a 12 anos de prisão. Contudo, poderá recorrer em liberdade. Ele era o motorista de um Chevrolet Vectra cinza, com placas de Santa Maria, que atingiu violentamente de forma frontal um Volkswagen Gol vermelho de Vale do Sol.
O julgamento iniciou às 9h30 desta segunda-feira, 29, e teve a sentença proferida por volta das 20 horas O Fórum de Vera Cruz, onde foi realizada a sessão, ficou lotado. O júri foi presidido pelo juiz Guilherme Roberto Jasper. Na defesa de Portella esteve o conceituado advogado criminalista Daniel Tonetto. A promotora de Justiça Maria Fernanda Cassol Moreira representou o Ministério Público (MP), e os advogados Rafael Staub e Tatiana Borsa atuaram como assistentes de acusação, representando a família Morsch-Santos. O conselho de sentença foi formado por seis mulheres e um homem, que reconheceram o réu como culpado por homicídio doloso.
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A colisão, em 14 de novembro de 2014, no quilômetro 123 da RSC-287, tirou a vida do casal Hugo Morsch, de 78 anos, e Herta Glicéria Morsch, 75; e da filha deles, Vitória Terezinha Morsch dos Santos, de 49. Ainda deixou em estado grave o marido de Vitória, Jorge Antônio dos Santos, de 51 anos, e uma das filhas desse casal, Ana Luiza dos Santos, que à época tinha 13 anos. Estes cinco estavam no Gol.
No julgamento, prestaram depoimento Jorge e Ana Luiza, que foram vítimas e sobreviveram ao acidente; além deles, dois policiais militares da reserva, arroladas como testemunhas de defesa do réu. Portella também deu sua versão.
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A advogada Tatiana Borsa, que ficou conhecida por atuar no júri do Caso Kiss, representou as três irmãs Ana Luiza, Ana Paula e Ana Júlia, filhas da vítima falecida Vitória Terezinha Morsch dos Santos e do sobrevivente Jorge Antônio dos Santos. Já Staub assumiu desde o início a defesa dos filhos de Hugo e Herta, também irmãos de Vitória, Rosani, Fábio, Sandra e Ledi, esta última sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA) e faleceu no decorrer do processo.
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