Educação

Catástrofe climática vira lição sobre o meio ambiente em Emei do Bairro Várzea

Localizada no Bairro Várzea, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Beija-Flor foi severamente afetada durante a catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul. Pelo menos 1,2 metro de água entrou no espaço, danificando móveis, brinquedos e materiais para as crianças. “Perdemos praticamente tudo”, desabafou a diretora Katiane Inês Thomas.

Os estragos, no entanto, não se limitaram à instituição. A maioria dos alunos também tiveram as residências afetadas. “Muitas famílias perderam tudo. Em algumas casas, a água chegou até o teto”, contou Katiane. 

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Em meio às consequências das enchentes, os professores decidiram transformá-las em aprendizado na sala de aula. Para ressignificar as enchentes, elaboraram um projeto pedagógico, no intuito de ensinar às crianças sobre os impactos causados pelo descuido ao meio ambiente e a falta de preservação.

No último final de semana, o trabalho foi apresentado na 2ª Mostra Integrada, realizada pela Secretaria Municipal de Educação. Foram 126 projetos expostos nos pavilhões do Parque da Oktoberfest. Dois eram da Emei e receberam troféus de destaque, incluindo o relacionado às enchentes, na categoria sustentabilidade.

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Para incentivar os alunos a cuidar da natureza, houve diferentes atividades que uniram o conhecimento e a criatividade. Além de rodas de conversas sobre a preservação do meio ambiente e sobre as enchentes, foram feitas experiências, pinturas sopradas com tinta e outras ações. Elas envolveram inclusive as crianças do berçário até as da pré-escola.

Um livro intitulado E a chuva serviu como base para o desenvolvimento das tarefas. A obra facilitou a compreensão dos alunos a respeito do evento climático e de como a sustentabilidade está associada a isso. Ainda trabalharam a solidariedade, a partir da confecção de brinquedos com materiais que iriam para o lixo. 

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A premiação foi significativa para a comunidade escolar. Katiane enfatizou que, em meio às perdas, professores, pais e estudantes se uniram para superar as consequências. “Fomos do luto à luta. Colocamos o luto no bolso para reabrir a escola e fazer dela um lugar de apoio às famílias”, afirmou.

Bicentenário

A Emei Beija-Flor também recebeu o troféu de destaque com um projeto que envolve o bicentenário da imigração alemã no Rio Grande do Sul. Em Conexão entre a cultura e a tradição, os professores buscaram ensinar aos alunos a história dos povos no intuito de criar uma identidade cultural, e compreender e valorizar a diversidade local, para além da cultura alemã.

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Oficinas, jogos e pinturas ajudaram a conhecer as tradições alemãs, incluindo brincadeiras, danças e gastronomia. Fizeram cuca e até pretzel, além de conhecer histórias e vestimentas germânicas.

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Julian Kober

É jornalista de geral e atua na profissão há dez anos. Possui bacharel em jornalismo (Unisinos) e trabalhou em grupos de comunicação de diversas cidades do Rio Grande do Sul.

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Julian Kober

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