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Casos de gripe aumentam devido à redução de hábitos de prevenção, diz especialista

Com o arrefecimento da pandemia de Covid-19 e o levantamento dos protocolos de segurança, uma velha conhecida dos gaúchos durante o inverno voltou a ganhar destaque: a gripe. Nas últimas semanas, o número de casos cresceu significativamente e está chamando a atenção também pela gravidade dos sintomas. Conforme o médico infectologista Eduardo Sonda, as medidas que ajudavam a evitar o coronavírus também freavam o vírus Influenza, e o relaxamento delas explica o maior avanço neste ano, se comparado aos anteriores.

O especialista enfatiza que distanciamento social, uso de máscara, higiene das mãos e evitar aglomerações são comportamentos que também previnem a disseminação da gripe. Além disso, enquanto não havia vacina contra a Covid-19, a imunização contra a Influenza atingiu recordes de cobertura. Esses fatores explicam por que, nos últimos dois anos, o número de casos teve redução significativa e agora voltou a crescer. “Essas medidas básicas que nós estávamos acostumados a tomar previnem todas as doenças respiratórias”, disse em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.

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Ao verificar o início dos sintomas, o infectologista reforça a importância de buscar atendimento médico tão logo seja possível. Isso porque o Tamiflu, medicamento antiviral recomendado para combater a gripe em determinadas situações, tem maior eficácia quando utilizado nas primeiras 48 horas. Além disso, outro sinal de que a doença pode evoluir para um quadro mais grave, como a pneumonia, é a falta de ar. Ao comentar sobre medicações, Sonda diz que não há grandes problemas em comprar medicamentos analgésicos por conta própria. Porém, o ideal é consultar um médico para evitar medicações inadequadas e que podem inclusive contribuir para a piora do quadro.

Ele ainda respondeu a uma pergunta muito frequente: por que a gripe é mais comum no inverno? Isso ocorre, segundo Sonda, porque o vírus é pouco resistente a altas temperaturas. Assim, durante o inverno, os dias frios e a umidade elevada contribuem para que ele permaneça mais tempo nos ambientes. Outro fator que contribui é que durante o inverno a circulação de ar é menor e as pessoas ficam mais aglomeradas. Essa situação favorece a transmissão dos vírus entre os presentes no local.

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Outro ponto importante abordado pelo especialista diz respeito à diferenciação de resfriado, gripe e síndrome respiratória aguda grave (Srag). No primeiro caso, os sintomas são leves, interferem pouco na rotina e melhoram em poucos dias. A gripe, por sua vez, pode provocar febre alta, cansaço, dor de cabeça e coriza, e o ciclo dura entre cinco e sete dias. Já a síndrome respiratória aguda grave ocorre quando a pessoa apresenta falta de ar, desconforto respiratório e baixa oxigenação no sangue. Nesses casos, o paciente precisa de internação hospitalar para receber o tratamento adequado.

Atraso na vacinação

Chama a atenção o número de santa-cruzenses com a vacinação contra a Covid-19 em atraso. Conforme os dados da Secretaria Estadual da Saúde, 9.342 moradores de Santa Cruz do Sul já poderiam ter completado o esquema vacinal primário (primeira e segunda dose) e ainda não o fizeram – 3.144 crianças e 4.967 adultos. Ao ampliar a análise para a dose de reforço, o dado é ainda mais significativo: das 100.021 pessoas que receberam a segunda dose, somente 60.890 retornaram para receber a terceira aplicação no período adequado. São 39.131 pessoas que já poderiam estar com a proteção máxima contra a doença.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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Heloísa Corrêa

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