Santa Cruz do Sul

Casos de dengue elevam a procura por repelentes em Santa Cruz

O aumento no número de casos confirmados de dengue nos últimos dias influenciou na procura por repelentes de insetos em Santa Cruz do Sul. Alguns estabelecimentos que vendem o produto, como farmácias, perceberam a maior demanda pelo item de proteção contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Neste ano já foram confirmados 22 casos e uma morte no município.  Na tarde dessa quarta-feira, 21, a Gazeta do Sul realizou um levantamento de preços do produto em quatro farmácias de redes diferentes, estabelecidas no centro de Santa Cruz. Os valores variam em virtude da marca e seus componentes. Foram considerados os frascos de 100 mililitros. 

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Repelentes com valores mais acessíveis foram encontrados nas prateleiras ao custo de R$ 10,99, da marca No Mosquito, e R$ 11,99, da marca Tchau Mosquito. Esses são no formato spray. O produto mais caro nas lojas é o da Exposis, ao custo de R$ 64,99. Ele é em gel com icaridina e tem maior duração. Marcas tradicionais, como a OFF, estavam à venda a partir de R$ 24,90.

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Há versões para crianças e adultos. Alguns estabelecimentos oferecem descontos na compra de mais unidades ou se o cliente possui cadastro na loja. Por isso, pesquisar os valores pode ser fundamental. Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda três tipos de repelentes, que devem ter em sua composição química alguma das seguintes substâncias: IR3535, DEET ou icaridina. 
Um dos estabelecimentos pesquisados foi o de Renato Manzke, proprietário de uma unidade da Farmácias Associadas. Conforme ele, o aumento na procura por repelentes foi constatado nas últimas semanas. “A venda do item de prevenção quase duplicou em relação ao mesmo período do ano passado.” Manzke comenta que também já percebeu dificuldades para encomendar os produtos junto aos fornecedores. 

Momento de aplicação requer cuidados

De acordo com a Anvisa, os repelentes de insetos para aplicação na pele são enquadrados na categoria “Cosméticos” e devem estar registrados junto à agência reguladora. A agência ressalta que repelentes que contenham o ingrediente DEET não são permitidos em crianças menores de 2 anos de idade. Já em crianças de 2 a 12 anos, o uso é permitido desde que a sua concentração não seja superior a 10%.

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Conforme a farmacêutica Ana Claudia Saling, que atua com a manipulação de produtos na Dermatologe, a aplicação dos repelentes requer cuidados, como em bebês. “Antes dos 6 meses de idade não se pode aplicar nenhum produto na pele deles, nem o filtro solar”, alerta. Conforme ela, a recomendação não é por causa do item para aplicação e sim pela pele da criança, que não está preparada.  

Nos demais públicos, a recomendação é usar o repelente sempre que a pessoa estiver exposta em lugares com maior incidência de mosquitos. Além disso, a quantidade a ser aplicada na pele ao longo do dia varia conforme o composto químico presente no item de prevenção. “Não precisa passar mais que três vezes ao dia, já que o mosquito da dengue é diurno”, ressalta a farmacêutica. 

Ana: como o mosquito da dengue é diurno, uso pode se limitar a três vezes por período

O tipo IR3535 é o que tem sido mais procurado pelos clientes, em especial por gestantes. “Registramos um aumento de 30% na venda de repelentes em relação ao ano anterior”, disse Ana. O frasco contendo 100 mililitros custa R$ 36,00 no estabelecimento. Ela recomenda que a aplicação em crianças seja feita por um adulto, para evitar contato com a boca e os olhos. “Não se deve passar o repelente por baixo da roupa, pois caso a pessoa sue, o corpo poderá absorver o produto. Por isso, a aplicação deve ser somente nas partes livres do corpo.”

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Dependendo do produto, pode-se aplicar o repelente sobre a roupa. Outra orientação dos especialistas é para quem costuma fazer uso também de filtro solar. Nessa situação, o indicado é que o repelente seja aplicado após o protetor.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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